Apenas três das últimas 10 finais de Copa do Brasil foram decididas em cobranças de pênaltis. Em 2015, brilhou a estrela de Fernando Prass e do Palmeiras no tri contra o Santos. Dois anos depois, o Cruzeiro desbancou o Flamengo na marca da cal para bordar a quinta estrela na camisa. Em 2022, Rodinei venceu Cássio e brindou a "nação" rubro-negra o quarto troféu, contra o Corinthians. Dorival Júnior era o treinador do clube carioca. Agora no Timão, ele calibra os pés da trupe paulista para possível definição na marca da cal contra o Vasco e mantém a confiança em Hugo Souza.
O penúltimo treino do Corinthians antes da decisão de domingo (21/12) no Maracanã teve momento exclusivo para cobranças de pênaltis. Se a partida terminar empatada, a definição será na marca da cal. Dorival Jr. não dividiu o elenco. Tanto os jogadores considerados titulares quanto os reservas tiveram as pontarias testadas no Centro de Treinamento Dr. Joaquim Grava. A única ausência foi o holandês Memphis Depay. O astro esteve sob os cuidados da fisioterapia para controle de cargo. Ele começará o jogo de domingo.
Quando o assunto é pênaltis, Hugo Souza é o "cara" do Corinthians. Gigante nos momentos de alta tensão, não permite que a segunda maior torcida do país sinta saudade de Cássio. O grandalhão de 1,99m de altura defendeu 10 cobranças desde a chegada ao alvinegro no ano passado — quatro no tempo regulamentar e seis em mata-matas. O desempenho o coloca como o quarto maior pegador de penalidades do clube. Cássio lidera, com 32. Ronaldo Giovanelli (27) e Gylmar dos Santos Neves (11) completam o pódio.
Portanto, se o título da Copa do Brasil tiver de ser decidido nas penalidades, o goleiro nascido em Duque de Caxias (RJ) tem a possibilidade de se tornar o terceiro maior pegador do Corinthians. Clubes do exterior monitoram a evolução de Hugo. Segundo a emissora Sky Sports, o Milan é um dos interessados no arqueiro de 26 anos.
Na semifinal contra o Cruzeiro, Hugo cumpriu uma profecia: antes da decisão por pênaltis, bancou que defenderia duas bolas. Dito e feito, parou Gabriel Barbosa e Wallace.
