EDUCAÇÃO

"Se a greve radicalizar, não tem conversa", diz Ibaneis sobre professores

Durante agenda oficial nesta segunda (8/5), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirma que não vai conceder reajuste maior que os 18% já definidos a professores da rede pública

Pedro Marra
postado em 08/05/2023 12:45 / atualizado em 08/05/2023 12:49
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirma que se a greve radicalizar, "não terá conversa". Ibaneis cita que o GDF vinha negociando com a categoria, mas não pretende conceder reajuste salarial acima dos 18% definidos para servidores.

As declarações foram dadas durante entrevista coletiva na abertura da Semana Nacional do Registro Civil — Registre-se, na manhã desta segunda-feira (8/5), no Centro Pop da 903 Sul. "Não adianta o sindicato pedir aquilo que o governo não tem condições de conceder, que não vão conseguir levar", declara o chefe do Executivo local.

Ibaneis pondera que o GDF está aberto para conversar com os professores dentro do possível na responsabilidade fiscal. "Não vamos extrapolar nada daquilo que for possível conceder", completa.

O governador reconhece que é um direito dos professores de recorrerem à decisão da Justiça do DF de tratar a greve como ilegal. "A ação judicial está muito bem fundamentada, pois a categoria foi recebida várias vezes pelo secretários de secretário de Planejamento, Orçamento e Administração (Seplad-DF), Ney Ferraz, e Gustavo Rocha, chefe da Casa Civil."

"Espero que o sindicato saia dessa posição de radicalização, coloque os alunos novamente dentro das aulas e reconheça que estão causando prejuízo à sociedade do Distrito Federal", declara.

O que diz o sindicato

Diretor do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Samuel Fernandes diz que o setor jurídico vai recorrer e assegura que a greve continua na capital federal.

"O governo Ibaneis está agindo com truculência, e temos assembleia marcada par a próxima quinta-feira (11/5), e esperamos que o governo apresente uma proposta que atenda a nossa categoria. Não vai ser a Justiça que vai terminar", afirma.

Entre as reinvidicações, Samuel cita os oito anos sem mudança salarial dos educadores, que não aceitaram os 6% de reajuste em três anos definido pelo GDF. "Estamos em penúltimo lugar, no ranking de salário, estamos em penúltimo lugar e infelizmente o GDF precisa renegociar a reestruturação", completa. 

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