Repercussão

Sindicatos dos professores discordam do calendário de vacinação em agosto

De acordo com a SEEDF, o plano de retorno presencial depende da vacinação dos profissionais de educação. A disponibilidade das doses, porém, está a cargo do Ministério da Saúde

Mateus Salomão*
postado em 10/05/2021 20:09 / atualizado em 10/05/2021 20:32
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A. Press                 )
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A. Press )

Na tarde desta segunda-feira (10/5), o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, afirmou que os professores devem ser vacinados contra a covid-19 até agosto deste ano. Entre os sindicatos da categoria no DF ainda há preocupação com a garantia de segurança dos profissionais.

Por meio de nota, a presidente do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF), Karina Barbosa, lamentou a afirmação do secretário.

Ela ressalta que os profissionais de educação da rede particular estão trabalhando de forma presencial desde setembro de 2020, se expondo aos riscos da covid-19. “Além disso, infelizmente perdemos colegas para essa doença. Precisamos da vacina imediatamente”, demandou a sindicalista.

Para o Sinpro-DF, prazo indica retorno presencial das aulas somente em agosto

“Se o que ele está prevendo é que até agosto, então isso significa dizer que antes de agosto nós não teremos retorno presencial”, observou a diretora Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa. Ela reforça o desacordo da entidade em uma retomada antes da imunização.

“Não há a menor chance de retorno presencial sem que estas providências sejam tomadas: começando pela vacina, mas em seguida também tendo que cumprir com todos os protocolos exigidos para nos dar o mínimo de segurança dentro das escolas”, acrescenta.

Ela ressalta que mesmo imunizados não há garantia total, mas é o mínimo de segurança. Observa também que não há possibilidade de pensar no retorno sem que os trabalhadores da educação estejam devidamente vacinados, com a 1ª e a 2ª dose.

Além disso, Rosilene defende que o governo procure acelerar o ritmo do processo de imunização de toda a população no DF.

Como ficam as aulas presenciais no DF?

Questionada se a projeção afetaria o planejamento de volta às aulas presenciais, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) informou que estruturou o plano de volta às aulas presenciais a partir da vacinação dos profissionais de educação.

“Como já informado pelo secretário Leandro Cruz, a volta se dará gradualmente, a partir da pré-escola, em ordem crescente, até o ensino médio”, observou. Ainda por meio de nota, a pasta afirmou que a execução do plano, porém, depende da oferta de vacinas pelo Ministério da Saúde.

A Associação de Pais e Alunos do Distrito Federal (Aspa-DF) também foi procurada para comentar a fala do secretário. No entanto, ainda não havia se posicionado até o fechamento desta matéria.

*Estagiário sob a supervisão da editora Ana Sá

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação