Reajuste

Professores de escolas particulares do DF pedem reajuste de 8,5%

Um dos pedidos dos profissionais é pelo pagamento dos intervalos e recreios. Caso não seja possível a construção de um acordo, há risco grave

Ellen Travassos
postado em 24/03/2023 11:52 / atualizado em 24/03/2023 11:52
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

Professores de escolas particulares do Distrito Federal começaram a campanha salarial para os anos de 2023 e 2024. Os profissionais da educação pedem um reajuste de 8,5%, e, além do aumento, eles querem passar a receber por intervalos e recreio nas escolas. Caso não seja construído um acordo, há risco de greve.

“As escolas reajustaram as mensalidades, em média, de 12% em 1º de janeiro. A data-base dos professores é 1º de maio. Elas aumentaram a margem de lucro por quatro meses antes do reajuste. A perspectiva de inflação é 5,5%. Estamos para o 3 anos sem aumento real. Estamos reivindicando a inflação e mais 3% de ganho real. O que dá 8,5%”, explicouo  diretor jurídico do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinproep-DF), Rodrigo de Paula.

O Sinproep-DF lançou a campanha na quinta-feira (23/3), com o tema "Sua vitória é do tamanho da nossa mobilização". A pauta foi entregue ao sindicato patronal. Os educadores fizeram um vídeo de campanha para sensibilização das famílias dos alunos.  "Nesta série, além de trazer pontos importantes sobre as pautas de reivindicação, o objetivo é dialogar não só com a categoria, mas com os pais dos alunos que muitas vezes não sabem a real situação dos professores que lecionam para o seu filho", disse o sindicato em nota.

De acordo com o Sindicato, os educadores não recebem pelos trabalhos realizados em casa. “Você tem uma escola belíssima, mas os professores estão recebendo salários baixos com sobrecarga de trabalho, durante e após a pandemia de Covid. A rede particular não parou durante a pandemia, com as aulas a distância”, explicou o diretor jurídico.

“Seguiremos firmes e fortes na luta, mesmo em um momento tão difícil em que a categoria vem trabalhando de forma integral e sofrendo uma série de ameaças de redução de carga horária, salário e direitos históricos! O Sinproep-DF continuará defendendo todas as conquistas e não permitirá que ocorram retrocessos, vamos continuar lutando pelo aumento real de salário e principalmente pelas causas sociais conquistadas nestes 18 anos de sindicato!”, afirmou Rodrigo.

A próxima assembleia está prevista para abril. Sem negociações, haverá indicativo de greve.

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