NO MEC

Malala em Brasília: ativista encontra ministros e defende educação inclusiva

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz conversou com os ministros da Educação, Igualdade Racial e também da Secretaria Geral da Presidência da República

Correio Braziliense
postado em 26/05/2023 11:46
Ativista Paquistanesa, Malala Yousafzai e o Ministro da Educação, Camilo Santana, conversam após reunião no MEC -  (crédito: José Cruz/ Agência Brasil)
Ativista Paquistanesa, Malala Yousafzai e o Ministro da Educação, Camilo Santana, conversam após reunião no MEC - (crédito: José Cruz/ Agência Brasil)

Vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2014, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai está no Brasil e, nesta semana, reuniu-se com ministros e ministras do governo Lula. Em um dos compromissos em Brasília, ela foi recebida no Ministério da Educação (MEC), nesta quinta-feira (26/5), onde defendeu um ensino mais inclusivo. 

Em publicação nas redes sociais, o ministro do MEC, Camilo Santana, destacou que Malala é uma inspiração para todos que lutam por um mundo mais justo e com mais oportunidades para as crianças e jovens por meio da educação.

"Fiquei muito honrado em receber, na manhã de ontem, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai. Ela veio até o Ministério da Educação para falar sobre sua luta em defesa do direito à Educação para meninos e meninas em todo o mundo," disse o ministro.

A ativista também se encontrou com a ministra Anielle Franco, do Ministério da Igualdade Racial. Para Anielle, a vinda de Malala é histórica. Ela ainda considera a paquistanesa como referência para os educadores brasileiros. "Eu uso Malala desde que comecei a dar aula e mostrava aos alunos não só o documentário dela, mas o livro também, que inspira," ressaltou a ministra. 

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, ressaltou que Malala é um símbolo mundial de resistência, de defesa da educação, de luta contra o preconceito e pela igualdade de gênero. "Ela está fazendo agenda no Brasil e está aqui tratando sobre uma educação mais inclusiva, então esse é um desafio que nós temos, que a educação brasileira seja inclusiva, que chegue a todas as crianças do nosso país, que a gente não conviva com crianças fora da escola, que tenha uma educação que possa ser cidadã e que possa combater todo e qualquer tipo de preconceito," disse o ministro, após a reunião.

Esta foi a segunda vez que Malala visitou o Brasil. Na terça-feira (23), ela esteve em evento literário, no Rio de Janeiro, onde falou sobre a importância de os homens estarem engajados na luta pela igualdade de gênero e enfatizou que as mulheres devem ser as protagonistas nesta luta.

Símbolo

Malala recebeu em 2014 o Prêmio Nobel da Paz, tonando-se a mais jovem, aos 17 anos, a receber a honraria. Ela esteve envolvida desde muito nova na luta pela educação no Paquistão. Em outubro de 2012, ela foi alvo de um ataque armado do grupo Talibã, quando voltava da escola. Durante a recuperação, foi transferida para um hospital na Inglaterra, onde reside atualmente. 

Em 2013, ao lado do pai, a ativista criou o Fundo Malala, voltado para promover a educação universal de meninas em todo o mundo. Atualmente, ela é graduada em filosofia, política e economia pela Universidade de Oxford.

*Com informações da Agência Brasil. 

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