Segunda língua

Brasileiros não aprendem a falar inglês na escola, diz estudo

Pesquisa divulgada pela Pearson sinaliza dificuldades de aprendizagem da língua inglesa no Brasil

Correio Braziliense
postado em 28/03/2024 18:17 / atualizado em 28/03/2024 18:19
Pesquisa mostra que brasileiros não se sentem preparados para falar inglês no trabalho com a formação que recebem na escola -  (crédito: Nik Shuliahin/Unsplash)
Pesquisa mostra que brasileiros não se sentem preparados para falar inglês no trabalho com a formação que recebem na escola - (crédito: Nik Shuliahin/Unsplash)
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Por Maria Fava* — Brasileiros passam, em média, 4,1 anos aprendendo inglês durante a vida, mas a educação formal, nas escolas, não é o suficiente para alcançar proficiência no idioma. Essas são as principais conclusões de uma pesquisa global divulgada pela Pearson neste mês.

Embora a aprendizagem de inglês esteja incluída na educação básica, 54% dos brasileiros sentem que as aulas não conseguem dotá-los de um nível de inglês suficientemente bom para se comunicarem adequadamente. Apenas 22% disseram que se sentiam confiantes no uso de todas as quatro habilidades (falar, escrever, ouvir e ler) no local de trabalho, índice ligeiramente inferior à média global, de 25%. Isso indica que mesmo aqueles com bons níveis de inglês têm dificuldades com seu uso no trabalho.

Foram entrevistados mais de 5 mil falantes de inglês como segunda língua ou língua adicional, dos quais 60% afirmaram que estudam inglês para ter acesso a posições com melhores salários. Entre as principais barreiras para melhorar a fluência foram apontadas a falta de tempo, o custo dos cursos ou materiais e oportunidades limitadas.

“Esta nova pesquisa mostra a importância do inglês para ajudar as pessoas a terem vidas mais gratificantes dentro e fora do local de trabalho”, disse Gio Giovannelli, presidente da Pearson English Language Learning.

Além das motivações profissionais, citadas pelos entrevistados, a pesquisa também concluiu que brasileiros recorrem à aprendizagem de uma segunda língua para ter acesso a benefícios como comunicação em viagens, compreensão de conteúdos de mídia e entretenimento, abertura de horizontes na vida social e nos estudos.

*Estagiária sob a supervisão de Priscila Crispi

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