Por Ian Vieira
Iniciativa do Fundo de Apoio à Cultura (FAC/DF), o projeto O racismo no banco dos réus é realização da Associação Tocaia e vai lançar a segunda edição nesta segunda-feira (17/11), no Teatro Mapati. Com presença confirmada de representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de docentes, gestores públicos, jornalistas e membros da classe artística, o evento marca a consolidação de uma experiência que une arte, educação e reflexão crítica sobre o sistema penal brasileiro.
A programação contará com apresentação da peça O racismo no banco dos réus e apresentação pedagógica dos docentes. Durante a apresentação teatral, a história real de Francisco será retratada, o último escravizado condenado à pena de morte no Brasil, em Pilar (AL), em 1876. A atividade começa com atores e atrizes profissionais encenando seu julgamento, seguida por uma oficina interativa. No júri simulado, os estudantes assumem o papel de jurados. Após a apresentação, debatem o caso e decidem o veredito final, absolver ou condenar Francisco.
O programa reúne representantes do sistema de justiça, educadores, artistas e pesquisadores comprometidos em construir uma justiça democrática e antirracista. Em novembro de 2024, a iniciativa realizou sua primeira etapa e contou com a participação de mais de 500 estudantes de escolas públicas do Distrito Federal, entre elas o CEM EIT de Taguatinga, o CED 01 e o CEM 01 do Guará. As escolas foram transformadas em espaços de júri popular simulado e estudantes assumiram o papel de jurados para julgar o caso de Francisco, último homem escravizado condenado à morte no Brasil.
*Estagiário supervisionado por Ana Sá