Médicos participantes do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) acusam o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de contrassenso nos resultados da primeira etapa do exame. Eles usaram as redes sociais para manifestar sua indignação e muitos deles sugerem a promoção de ação coletiva na justiça contra o instituto.
Entre as cem questões objetivas da prova, dez foram anuladas e uma ajustada. Dessa forma, houve um efeito equivalente à redução da nota de corte, pois os participantes iniciam o exame com 10 pontos a partir das anulações, sendo necessário, para conseguir a aprovação, atingirem 99,6 pontos do total de 150.
“Como pode um órgão que demonstra tamanha incompetência, irresponsabilidade, incoerência e desorganização ser responsável pela avaliação da competência de terceiros?!. E permanece em silêncio diante da atrocidade moral cometida contra cidadãos que pagaram para serem desmoralizados, esculachados, humilhados, avacalhados?”, registrou um internauta, no Instagram.
“É um absurdo o Inep não se pronunciar! Uma falta de respeito! Podemos ajuizar uma ação coletiva”, sugeriu uma mulher. “É momento de interpor uma ação judicial coletiva contra o Inep, desrespeito total mudando resultados”, seguiu outra, na mesma linha.
“Inep, obrigada por ter proporcionado um momento fake de emoção. Isso não se faz”, reclamou outra internauta. “Como fazem isso? Inep está brincando com a n ossa cara? Aprovada no Revalida!! Aprovada!!!! Para agora me falarem que pode mudar essa nota”, registrou outra, no Twitter.
Por meio de nota, o Inep informou que as notas individuais foram disponibilizadas aos participantes antes da data prevista e que “todas as notas apresentadas no sistema Revalida estão de acordo com o espelho, também acessível aos participantes desde o horário citado”.