Preconceito

Ministros repudiam caso de etarismo em universidade: "Lamentável"

Camilo Santana, da Educação, e Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, destacaram que o acesso à educação é um direito básico constitucional

Tainá Andrade
postado em 14/03/2023 18:35
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

Os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e da Educação, Camilo Santana, se posicionaram, nesta terça-feira (14/3), contra o episódio em que três estudantes de uma universidade particular de Bauru, São Paulo, do curso de Biomedicina, debocharam de colega de sala Patrícia Linares, simplesmente por ela ter 44 anos de idade.

“O etarismo, assim como o sexismo, a LGBTfobia e o racismo, são ameaças à nossa democracia, pois alimentam os discursos de ódio, especialmente nas redes sociais, gerando diversos tipos de violência”, declarou Silvio.

Silvio classificou o ocorrido como um caso de etarismo, já que as jovens defendiam desmatricular a nova estudante pela idade e que ela deveria “está aposentada”. "Acha que a professora é o Google", criticou uma delas no vídeo.

“É lamentável que tenhamos que nos manifestar para defender um direito fundamental básico, que é o direito à Educação, cláusula pétrea da Constituição brasileira”, afirmou o ministro da Educação.

O vídeo viralizou nas redes sociais no último sábado (11) e gerou diversas críticas na internet, inclusive, de outros colegas de turma das meninas. Em entrevista ao G1, a vítima contou que foi surpreendida por uma outra colega que mostrou o vídeo antes da apresentação de um trabalho.   

"Eu olhei para aquele vídeo e comecei a chorar. Foi um misto de emoções. Eu estava preocupada com o trabalho e, ao mesmo tempo, tinha acabado de ver aquele vídeo deprimente", comentou.

“Nunca é tarde para aprender. Sempre é tempo para respeitar”, disse Silvio.

A universidade se manifestou, pelas redes sociais, em defesa da educação de qualidade em todas as idades. "Acreditamos que todos devem ter acesso à educação de qualidade, desde pequenos até quando cada um quiser, porque educação é isso: autonomia", escreveu. 

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