Alunos da Universidade Federal de Viçosa (MG) criam doce de leite sem açúcar e sem lactose
O doce de leite é destinado a consumidores que possuem restrições alimentares, além de ser recomendável ao pré-treino
Yandra Martins*
Alunos da graduação do Curso de Ciência e Tecnologia de Laticínios na Universidade Federal de Viçosa desenvolvem um novo produto voltado ao mercado de doces, que atinge grupos de diabéticos, intolerantes à lactose e pode ser utilizado também como pré-treino, ao garantir energia e performance física. A iniciativa tem por finalidade fornecer aos amantes de açúcar um produto saudável, mas que mantenha qualidade, textura e sem aditivos em excesso.
Segundo os pesquisadores e desenvolvedores do projeto, o mercado de consumidores estava em busca de alguma versão que mesmo sem adição de açúcar, lactose e com menos 25% de calorias, ainda fosse saborosa e de textura convencional. Além disso, os produtos em circulação contam com quantidade considerável de aditivos para alterar cor e sabor.
Os nutricionistas Rafael Jerônimo, especialista em emagrecimento e bariátrica, e Mylla Gonçalves; especialista comportamental, ressaltam: “Os pacientes costumam relatar o desejo frequente por doces e a dificuldade de encontrar alternativas que sejam ao mesmo tempo saborosas e seguras para suas condições de saúde. Muitos também procuram orientação sobre a quantidade adequada que podem consumir e pedem opções adaptadas às suas restrições”.
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Jerônimo conclui que o lançamento do doce pode “facilitar nosso trabalho como nutricionistas, pois amplia as opções saudáveis e prazerosas para incluir na dieta. Para os meus pacientes, significa mais liberdade, menos sensação de privação e maior adesão ao tratamento, unindo saúde e prazer.”
A novidade ainda se encontra em processo de patente no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), e o registro deverá ser feito em nome da Universidade Federal de Viçosa. Após isso, a equipe pretende buscar parcerias estratégicas que permitam a comercialização do doce de leite. A presidente do NIT, Andrea Barros Ribon, ao falar a respeito da iniciativa, disse que o incentivo ao empreendedorismo precisa começar desde o início dos cursos para obter bons resultados.
*Estagiário sob a supervisão de Ana Sá
