A Escola Fundação Itaú acaba de lançar três novos cursos gratuitos e organizados pelo Itaú Cultural. As formações são voltadas a profissionais e interessados das áreas de educação, arte e cultura. São elas: Vozes, artes e territórios, que aborda a ressignificação de representações históricas sob perspectiva decolonial; Design decolonial: territórios e olhares, o qual analisa criticamente a influência eurocêntrica nos processos de design; e Projetos Culturais: por onde começar? – Parte 2, que oferece elementos necessários para transformar uma ideia em um projeto cultural. O acesso aos conteúdos é por meio do link.
Com certificação ao final, os cursos possuem carga horária de entre duas e quatro horas. As novidades estão disponíveis no modelo autoformativo, o que permite que cada participante organize o ritmo de estudo de acordo com a disponibilidade pessoal.
Detalhes sobre os cursos
Com formato de podcast e carga horária de quatro horas, o material Vozes, artes e territórios, conta com o músico Tiganá Santana, professor do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), e Fernanda Pitta, docente do Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP). O objetivo é estabelecer um diálogo crítico às representações artísticas do Brasil colonial, produzidas por franceses entre os séculos XVI e XIX. A série é realizada em quatro episódios e um e-book, e investiga como trajetórias e pertencimentos – identitários e territoriais – influenciam práticas estéticas, tornando a arte uma ferramenta de resistência.
Já em Design decolonial: territórios e olhares, para apresentar os conceitos fundamentais do design decolonial, o material conta com a parceria da Kuya – Centro de Design do Ceará. Ministrado por Cláudia Sales, arquiteta, pedagoga, pesquisadora e coordenadora de formação da Kuya e por Cristiellen Rodrigues Ribeiro, arquiteta, pesquisadora em relações étnico-raciais e articuladora territorial, o conteúdo aborda exemplos reais de práticas, saberes e linguagens construtivas que nascem em territórios marginalizados e são invisibilizados pelas narrativas eurocentradas do design. Além disso, a formação debate o papel da inteligência artificial e de novas tecnologias na preservação ou no apagamento das narrativas, com olhar voltado para o campo do design. Assim como o primeiro curso, a carga será de quatro horas.
O terceiro, Projetos Culturais: por onde começar? – Parte 2, é voltado para interessados em transformar ideias em projetos culturais. Com carga horária de duas horas, a formação aborda as etapas essenciais para o desenvolvimento de projetos, desde estratégias de redação e linguagem para editais e formatação de portfólios até o planejamento financeiro dos projetos, compreendendo impostos, tributos e alíquotas essenciais na atuação profissional no setor cultural. O curso também explora a evolução das tecnologias para a acessibilidade cultural, compreendendo os impactos da inteligência artificial no setor cultural, discutindo como inserir a inteligência artificial na rotina de produção.
A primeira parte do curso, lançado em 2024, está disponível gratuitamente na Escola Fundação Itaú e aborda as temáticas de estrutura de projetos, direitos autorais, acessibilidade, tecnologias e experiências imersivas, cronograma e orçamento.
Estagiária sob a supervisão de Ana Sá