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País com maior envelhecimento da UE, Portugal atrai profissionais brasileiros

Para cuidar da população idosa e de públicos como PCDs, conterrâneos se matriculam em cursos certificados pelo governo luso que dão direito a vistos de residência e permissão para trabalhar nas 27 nações da União Europeia

A eFuturo, escola que capacita estrangeiros, oferece mais de 20 cursos, incluindo os ligados à saúde, que são os que mais demandam mão de obra no mercado de trabalho português. A escola também apoia o processo de enquadramento profissional, garantindo estágios em mais de 500 empresas parceiras em Portugal. A inscrição para os cursos é realizada pelo site da instituição.

Os brasileiros são reconhecidos pelos portugueses por sua gentileza, simpatia e carisma, características importantes para profissionais que trabalham com a população idosa. Cursos profissionalizantes, como técnico auxiliar de geriatria, técnico de apoio domiciliário, técnico auxiliar de saúde e auxiliar de fisioterapia e massagem, são oportunidades para os brasileiros que desejam trabalhar legalmente em Portugal e obter uma certificação válida em toda a UE.

Além disso, esses cursos têm alta empregabilidade, com uma média de 80% de chance de conseguir um emprego. Os salários variam de 820 euros, para profissionais iniciantes na área da saúde, até 3.500 euros, para cargos de gestão.

De acordo com dados do Eurostat, Portugal é o país da União Europeia com o maior envelhecimento em 2023. Com 24% da população tendo 65 anos de idade ou mais, Portugal está acima da média da UE, que é de 21,3%. Nos últimos 10 anos, a idade média da população portuguesa aumentou em 4,4 anos, colocando o país no topo da tabela.

O envelhecimento demográfico traz desafios para a economia, pois indica uma redução da população economicamente ativa, que é responsável por sustentar a economia. Para suprir essa demanda, Portugal tem recrutado profissionais estrangeiros, e um dos grupos mais valorizados é o brasileiro.

Os imigrantes, incluindo os brasileiros, têm um papel essencial na economia portuguesa. Em 2022, eles contribuíram com cerca de 1,87 bilhões de euros para a Segurança Social, enquanto receberam cerca de 257 milhões de euros em benefícios sociais. As contribuições dos imigrantes são sete vezes maiores do que as prestações que recebem do Estado.