O presidente Vladimir Putin afirmou, nesta terça-feira (11/8), que uma de suas filhas recebeu a vacina contra a covid-19 criada pela Rússia. "Uma de minhas filhas tomou a vacina. Nesse sentido, ela foi parte do experimento", destacou o chefe de Estado, antes de acrescentar que, após a segunda dose, ela teve um pouco de febre e "nada mais". Putin tem duas filhas: Maria, 35 anos, e Ekaterina, 34.
Putin fez a revelação ao confirmar que a Rússia havia se tornado o primeiro país a aprovar uma vacina contra o novo coronavírus. Batizada de Sputnik V (nome do primeiro satélite lançado ao espaço pela União Soviética, com o acréscimo do v de vacina), a fórmula, aplicada em duas doses, proporciona uma imunidade segura, de acordo com as autoridades de saúde russas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, reagiu com cautela ao anúncio e destacou que, antes de recomendar a vacina, exigirá uma revisão rigorosa dos dados de segurança. "Estamos em contato estreito com os russos e as discussões continuam. A pré-qualificação de qualquer vacina passa por procedimentos rigorosos", afirmou Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, durante uma videoconferência de imprensa em Genebra.
No Brasil, o governo do Paraná anunciou que trabalha em um acordo de parceria com a Rússia para o desenvolvimento da vacina. Uma reunião técnica para avançar nas negociações está marcada para esta quarta-feira (12/8). Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que não recebeu pedido de registro da vacina, passo obrigatório para que um medicamento ou vacina sejam usados no país.
20 países interessados
Segundo Kirill Dmitriyev, diretor do Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF), os testes de fase 3 começarão também na quarta-feira e que o país espera iniciar a produção industrial em setembro. Mais de um bilhão de doses, afirmou, foram encomendadas por 20 países.
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