Opositor russo

Navalny afirma que recebeu visita de Merkel quando estava hospitalizado

Alexei Navalny, opositor russo, foi vítima de um envenenamento, com substância criada para fins militares na época soviética, e foi transferido para Alemanha para receber tratamento médico

Agência France-Presse
postado em 28/09/2020 09:58 / atualizado em 28/09/2020 09:59
O líder da oposição russa Alexei Navalny posando para uma foto com sua família no hospital Charite de Berlim. -  (crédito: Handout / Instagram account @navalny / AFP)
O líder da oposição russa Alexei Navalny posando para uma foto com sua família no hospital Charite de Berlim. - (crédito: Handout / Instagram account @navalny / AFP)

O opositor russo Alexei Navalny, vítima de um envenenamento com um agente neurotóxico de acordo com três laboratórios europeus, anunciou nesta segunda-feira que recebeu a visita da chanceler alemã Angela Merkel quando estava hospitalizado em Berlim.

"Estou muito agradecido à chanceler Merkel por ter me visitado no hospital", escreveu Navalny no Twitter.

Navalny confirmou desta maneira uma informação publicada no domingo pela revista alemã Der Spiegel.

Alexei Navalny, que prossegue com o processo de recuperação em Berlim, recebeu alta na semana passada do hospital Charité, onde ficou internado por um mês.

Incansável ativista anticorrupção e fervoroso crítico do Kremlin, Navalny, de 44 anos, ficou gravemente doente em 20 de agosto a bordo de um avião na Sibéria, onde foi hospitalizado.

Três laboratórios europeus concluíram que ele foi envenenado com um agente nervoso do tipo Novichok, desenvolvido com fins militares na época soviética. Os países ocidentais pediram à Rússia que apresente explicações e investigue o caso. Moscou rejeita todas as acusações.

A revista alemã Der Spiegel afirmou no domingo que Merkel fez uma "visita secreta" ao opositor russo durante sua hospitalização em Berlim, para mostrar "a solidariedade do governo alemão com Alexei Navalny".

"O fato de que a própria chanceler se reuniu com um político da oposição é mais um sinal para o governo russo de que Berlim não vai ceder e quer estabelecer a verdade por trás do assunto", afirmou a Der Spiegel.

Navalny pediu que a reunião não seja considerada "secreta".

"Foi mais uma reunião privada e uma conversa com a família", disse.

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