Saúde

Redes sociais removem comentários de Trump que minimizam risco da covid

O coronavírus matou cerca de 210 mil pessoas nos Estados Unidos

Agência France-Presse
postado em 06/10/2020 17:53
 (crédito: NICHOLAS KAMM / AFP)
(crédito: NICHOLAS KAMM / AFP)

O Facebook e o Twitter penalizaram publicações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça-feira (6), por minimizarem os perigos da covid-19. Um dia depois de receber alta do hospital onde foi internado com covid-19, Trump usou as duas redes sociais para dizer que "A temporada de gripe está chegando!"

"Vamos fechar nosso país? Não, aprendemos a conviver com ela, assim como estamos aprendendo a conviver com a covid, que na maioria das populações é muito menos letal", acrescentou. O coronavírus matou cerca de 210 mil pessoas nos Estados Unidos. A gripe sazonal causou, entretanto, entre 22 mil e 51 mil mortes anuais nos últimos cinco anos.

O Facebook excluiu a publicação. "Removemos informações incorretas sobre a gravidade da covid-19, por isso removemos sua postagem", disse a rede social à AFP.

Já o Twitter manteve o tuíte, mas incluiu uma mensagem indicando que Trump estava infringindo as regras sobre "informações enganosas e potencialmente perigosas relacionadas à covid-19" e adicionou um link com informações confiáveis.

Depois de deixar o hospital na segunda-feira, onde recebeu tratamento para combater o coronavírus durante três dias, Trump tirou a máscara assim que chegou à Casa Branca e prometeu voltar rapidamente à campanha para as eleições de 3 de novembro. Pouco antes, ele tuitou que os americanos não deveriam temer o vírus.

Em agosto, o Facebook já havia retirado do ar um vídeo do presidente em que ele afirmava que as crianças "são quase imunes" ao vírus, informação que a rede social descreveu como "desinformação prejudicial sobre a covid".

O Facebook enfrenta pressões para impedir a difusão de informações falsas e, ao mesmo tempo, é acusado de silenciar pontos de vista ao solicitar a publicação de informações verdadeiras.

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