Eleições nos EUA

Nevada suspende divulgação e presidente pode só ser conhecido amanhã; entenda

Estado da Pensilvânia pode definir vitória dos democratas hoje, se Joe Biden tirar diferença de meio milhão de votos. Caso contrário, somente Nevada, nesta quinta-feira dará o veredito

Correio Braziliense
postado em 04/11/2020 14:44 / atualizado em 04/11/2020 15:00
 (crédito: Mario Tama / Getty Images / AFP)
(crédito: Mario Tama / Getty Images / AFP)

Com menos 5% dos votos a serem apurados, Michigan e Wisconsin seguem com Joe Biden na dianteira pelos seus 16 e 10 delegados, respecitvamente. Já na Pensilvânia, apenas 36% das urnas foram contabilizadas e quem lidera é Donald Trump, por quase meio milhão de votos, na vantagem por 20 delegados. Esses estados, considerados chaves, ainda contabilizarão o grande volume de votos antecipados por correspondência. Matematica e historicamente, a tendência é que Georgia, Alasca e Carolina do Norte declarem vitória de Trump nas próximas horas. Dessa forma, se as tendências de Michigan, Wisconsin e Pensilvânia não sofrerem uma drástica alteração nesta quarta-feira (4/11), não será possível definir quem venceu o pleito pela presidência dos Estados Unidos ainda hoje, mesmo que todos os votos sejam contados por seus colégios eleitorais.

Isso porque, com apenas 6 delegados, Nevada pode sacramentar o resultado das eleições, mas decidiu adiar a divulgação de seus resultados para o meio-dia (17h de Brasília) da quinta-feira (5/11), por meio de sua Divisão Eleitoral, via Twitter. A decisão se deu para contabilizar em segurança os votos antecipados por correspondência que chegaram a partir da terça-feira (3/11). No estado, os republicanos impediram a apuração antecipada dos votos e depois chegaram a alegar problemas em máquinas de contagem, chegando a pedir à Suprema Corte do estado para que o processo fosse interrompido. Com o pedido não foi atendido, todos os votos presenciais comuns já foram contabilizados.

Levando em consideração o passado do estado, as bolsas de apostas já indicam a preferência por Biden. Com dois terços dos votos apurados, o democrata aparece na vantagem, mas numa margem muito frágil, de apenas 7,6 mil votos, com nem meio ponto percentual de segurança. Sem Nevada, apenas o democrata poderia ser anunciado vencedor nesta quinta-feira, caso confirme vitória em Wisconsin e Michigan e, de quebra, conseguisse a façanha de virar a vantagem de Trump na Pensilvânia, que já foi de 675 mil votos e, nesse momento, está em 471 mil. Donald Trump precisa ganhar na mesma Pensilvânia e, perdendo Wisconsin e Michigan, dependeria necessariamente de Nevada, tanto quanto seu opositor, adiando o resultado das urnas por mais um dia de muita tensão no mercado internacional.

Se confirmar esses três estados, Joe Biden assumirá a Casa Branca, sem a tensão de esperar a apuração dos quase 3 milhões de votos que ainda restam na Pensilvânia e seu grande colégio eleitoral que põe 20 delegados em disputa. Justamente por isso, a pressão será gigantesca em Nevada, cuja contagem de votos ainda não foi atualizada desde a madrugada e onde ainda há um terço de todos os votos para serem contabilizados. No entanto, ao longo de toda a apuração, bem como as pesquisas anteriores ao pleito, a tendência do estado é pelos democratas.

Se vencer em Michigan, Wisconsin e Nevada, Biden atinge os 270 delegados que precisa para ser declarado vencedor e declarou: "sabia que iria demorar, mas que venceríamos". Matematicamente, todos os sete estados ainda podem inverter a tendência refletida às 14h40 desta quarta-feira (4/11). Nos três estados em questão, o democrata lidera, mas com margens frágeis de poucos milhares de votos.  

Os estados (e seus respectivos delegados) ainda em disputa são Pensilvânia (20), Geórgia (16), Michigan (16), Carolina do Norte (15), Wisconsin (10), Nevada (6) e Alaska (3) (siga apuração em tempo real). Dos 270 delegados necessários para ser declarado vencedor, Joe Biden já tem 238, contra 213 de Donald Trump. Com a vitória em Michigan, Wisconsin e Nevada, chegaria aos exatos 270 delegados que precisaria para vencer, contra 268 do opositor republicano, configurando uma das disputas mais apertadas da história (entenda o modelo das eleições americanas).

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