Um importante ciberataque contra vários departamentos, descoberto no fim de semana passado nos Estados Unidos, continua em curso, enquanto o governo tenta constatar a magnitude dos danos, de acordo com as agências americanas de inteligência.
"Trata-se de uma situação que evolui e continuamos trabalhando para calibrar esta campanha que afetou redes dentro do governo federal", afirma um comunicado conjunto divulgado na quarta-feira à noite pelo FBI (polícia federal), o diretor de inteligência nacional e a Agência de Segurança de Infraestruturas (Cisa), vinculada ao Departamento de Segurança Interna (DHS).
Estas agências formaram uma unidade de coordenação e organizam diariamente reuniões na Casa Branca para elaborar a resposta do governo americano, que confirmou no domingo ter sido vítima de um ciberataque.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Robert O'Brien, suspendeu uma viagem ao Oriente Médio e retornou na terça-feira a Washington para abordar as consequências do ciberataque.
Além do DHS, os departamentos do Tesouro e do Comércio, assim como várias agências federais, teriam sido afetadas, de acordo com a imprensa americana.
Os métodos utilizados para o ciberataque têm a marca de um autor estatal, segundo a Microsoft, que não apontou um país.
Vários meios de comunicação americanos acusaram o grupo russo "APT29", também conhecido como "Cozy Bear". De acordo com o jornal Washington Post, o grupo integra os serviços de inteligência de Moscou e já hackeou a administração americana durante a presidência de Barack Obama.
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