Pandemia

Reino Unido busca saída para bloqueio de fronteiras pelo coronavírus

Após descoberta de uma mutação da covid-19 vários países bloquearam as fronteiras com o Reino Unido. Atualmente, 650 caminhões estão impedidos de cruzar a rodovia que vai de Londres ao principal porto britânico no Canal da Mancha

Agência France-Presse
postado em 22/12/2020 08:49
 (crédito: JUSTIN TALLIS / AFP)
(crédito: JUSTIN TALLIS / AFP)

O governo britânico, que mantém conversações com as autoridades francesas para permitir a retomada do tráfego de mercadorias interrompido após a descoberta de uma mutação do coronavírus, afirmou nesta terça-feira que considera a possibilidade de fazer testes de covid-19 nos caminhoneiros.

"Estamos em conversações com nossos colegas franceses e encontraremos uma solução", afirmou a ministra do Interior, Priti Patel, ao canal Sky News.

"Faz parte da discussão organizar testes de diagnóstico nos portos britânicos antes da saída", completou.

A França suspendeu a partir de domingo à noite e durante 48 horas todas as chegadas procedentes do Reino Unido após a descoberta no país de uma variante mais contagiosa da covid-19, que provocou um repentino terceiro confinamento de Londres e partes do sudeste da Inglaterra.

De acordo com Patel, 650 caminhões estão atualmente bloqueados na rodovia que vai de Londres a Dover, o principal porto britânico no Canal da Mancha, fechado ao tráfego de saída desde domingo à noite.

Outros 800 caminhões permanecem estacionados em um antigo aeroporto próximo.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou na segunda-feira que conversou com presidente francês, Emmanuel Macron, e que os dois buscavam "resolver a situação nas próximas horas".

Johnson, criticado por sua gestão de uma pandemia que provocou quase 68 mil mortes no Reino Unido, argumentou que o risco de transmissão pelos caminhoneiros sozinhos dentro de suas cabines é "realmente muito baixo".

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão da nova variante é entre 40% e 70% superior às anteriores.

Os cientistas britânicos que assessoram o governo apontaram uma transmissão maior entre crianças na comparação com outras cepas e estão trabalhando nesta hipótese para explicar sua forte propagação.

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