Pandemia

Itália processará Pfizer por atraso na entrega de vacinas anticovid

Na sexta-feira, a Pfizer e seu parceiro BioNTech anunciaram, inesperadamente, que não estavam em condições de entregar a quantidade de doses combinada

Agência France-Presse
postado em 20/01/2021 12:59
 (crédito: JOEL SAGET / AFP)
(crédito: JOEL SAGET / AFP)

A Itália entrará com ações judiciais "nos próximos dias" contra o laboratório Pfizer, devido a atrasos no fornecimento de vacinas contra o coronavírus - anunciou o diretor da unidade de crise para a pandemia, Domenico Arcuri, nesta quarta-feira (20/01).

"A proteção da saúde dos cidadãos italianos não pode ser negociada", advertiu Arcuri, em um nota.

"Não se pode atrasar a campanha de vacinação e muito menos a administração da segunda dose da vacina, depois de recebida a primeira", acrescentou.

Na sexta-feira, a Pfizer e seu parceiro BioNTech anunciaram, inesperadamente, que não estavam em condições de entregar a quantidade de doses combinada. O anúncio revoltou vários países europeus, já bastante criticados pela lentidão da campanha de vacinação no continente.

O laboratório explicou que colocou em prática um "plano" para limitar os atrasos na entrega de sua vacina a cerca de uma semana, em vez de três a quatro semanas, como se teme na Europa.

Arcuri ressaltou que a Pfizer alertou a Itália, oficialmente, que os atrasos nas entregas vão-se prolongar.

A Itália recebeu em torno de 29% menos vacinas esta semana, o que afeta sua campanha de vacinação, uma das mais eficazes do Velho Continente até então.

Há temores quanto à aplicação da segunda dose da vacina para as quase 1,2 milhão de pessoas que já receberam a primeira - profissionais da saúde em sua maioria.

A Pfizer advertiu a Itália que "não apenas não entregará as doses programadas para esta semana, como decidiu, de forma unilateral e sem aviso prévio, que não entregará as doses para a próxima semana e que também reduzirá ligeiramente seu número", afirmou Arcuri, indignado, exigindo o fornecimento das doses acordadas.

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