Posse nos EUA

Chegada de Biden: alívio para aliados, ceticismo dos rivais

A posse de Joe Biden como novo presidente dos Estados Unidos despertou nesta quarta-feira (20/01) uma onda de otimismo e alívio entre os aliados tradicionais do país

Agência France-Presse
postado em 20/01/2021 13:58
 (crédito: Win McNamee / POOL / AFP)
(crédito: Win McNamee / POOL / AFP)

A chegada de Joe Biden à Casa Branca após quatro anos de Presidência de Donald Trump, despertou nesta quarta-feira (20/01) uma onda de otimismo e alívio entre os aliados tradicionais dos Estados Unidos.

Os principais rivais de Washington preferem, porém, não criar ilusões, com a Rússia julgando que uma melhora nas relações depende da "vontade política" do novo presidente, e o Irã, que "a bola está no campo" de Joe Biden.

Confira abaixo algumas das principais reações:

União Europeia

A União Europeia "tem novamente um amigo na Casa Branca após quatro longos anos" da Presidência de Trump, lançou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, perante o Parlamento Europeu.

"O dia de hoje traz boas notícias: os Estados Unidos estão de volta, e a Europa está pronta para se reconectar com um antigo parceiro de confiança para dar nova vida à nossa preciosa aliança", acrescentou.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, lançou, por sua vez, "um apelo pela construção conjunta de um novo pacto fundacional para uma Europa mais forte, para um Estados Unidos mais forte e para um mundo melhor".

Alemanha

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, expressou seu "grande alívio", garantindo que esse sentimento é compartilhado por "muitas pessoas" na Alemanha.

"Estamos muito satisfeitos que os Estados Unidos, como parceiro indispensável, estarão novamente ao nosso lado no futuro em muitas questões: na luta comum e unida contra a pandemia da covid-19, na proteção global do clima, em questões de segurança", enumerou o chefe de Estado alemão em uma mensagem de vídeo.

"Seja qual for a alegria de hoje, não devemos esquecer: o populismo também conquistou a democracia mais poderosa do mundo", lembrou Steinmeier.

Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, parabenizou o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, dizendo que está "ansioso" para "trabalhar em estreita colaboração" com ele.

"Em termos de luta contra a covid e contra as mudanças climáticas, de defesa, de segurança e promoção e de defesa da democracia, os nossos objetivos são os mesmos", afirmou.

Otan

"Esperamos trabalhar com o presidente eleito Joe Biden para fortalecer os laços entre os Estados Unidos e a Europa, pois enfrentamos desafios globais que nenhum de nós pode enfrentar sozinho", disse o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, em sua conta no Twitter.

Rússia

O Kremlin considerou que a melhoria das relações entre a Rússia e os Estados Unidos depende exclusivamente da "vontade política" do presidente eleito Joe Biden.

"Não mudará nada para a Rússia que, como há muitos anos, continuará existindo e buscando boas relações com os Estados Unidos", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov.

Em entrevista coletiva, ele acrescentou que "a vontade política" necessária para reacender os laços entre os dois países "dependerá de Biden e de sua equipe".

Já o último dirigente da URSS, Mikhail Gorbachev, fez um apelo por "uma normalização das relações" bilaterais que hoje são "motivo de grande preocupação".

Irã

Teerã saudou a saída do "tirano" Donald Trump, julgando que "a bola está no campo" do novo presidente americano, Joe Biden, por um possível retorno de Washington ao acordo sobre a energia nuclear iraniana.

Donald Trump "trouxe apenas problemas para seu próprio povo e para o restante do mundo", acrescentou o presidente iraniano, Hassan Rohani, em discurso pela televisão.

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