Vacinação no Mundo

Itália deixou de receber milhões de vacinas contra a covid-19

Varias regiões alertam para o risco de fechamento temporário dos centros de vacinação até a chegada de novas doses

Agência France-Presse
postado em 01/04/2021 14:53 / atualizado em 01/04/2021 16:13
 (crédito: Divulgação/Sputinik V)
(crédito: Divulgação/Sputinik V)

A Itália deixou de receber vários milhões de doses de vacinas contra a covid-19 durante o primeiro trimestre do ano, o que alterou a campanha de vacinação programada pelo governo.

Segundo um documento com data de 3 de março, o governo esperava receber 15,69 milhões de doses no primeiro trimestre, mas de acordo com os dados do Ministério da Saúde, atualizados em 1º de abril, receberam 11,25 milhões.

Das doses recebidas até o momento, 84% foram aplicadas. Os atrasos no fornecimento da vacina AstraZeneca são considerados a principal causa da violação do programa elaborado pelo governo, diz o documento do ministério.

De 5,35 milhões de doses da AstraZeneca, o fabricante entregou apenas 2,75 milhões até 31 de março.

O comissário do governo para a gestão da pandemia de covid-19 anunciou nesta quinta-feira (1°/4) que "entre hoje e amanhã 1,3 milhão de doses" dessa vacina deverão chegar à Itália.

O novo primeiro-ministro da Itália Mario Draghi afirmou em fevereiro ao assumir o poder que a prioridade de seu governo será a de vacinar a população italiana contra o coronavírus.

A Itália registrou quase 110.000 mortes desde o início da pandemia.

O plano do governo era aplicar 170.000 doses por dia em março até chegar a 300.000 por dia no final do mês, para passar em abril para 500.000 com o objetivo de alcançar a imunidade de rebanho no final de setembro ou início de outubro.

No entanto, as doses administradas na quarta-feira (31/3) superam ligeiramente as 270.000, longe do objetivo fixado.

Várias regiões alertaram nesta quinta sobre o risco de fecharem temporariamente os centros de vacinação.

"Se (as vacinas) não chegarem em 24 horas, infelizmente teremos que suspender a vacinação", alertou Alessio D'Amato, responsável do setor de saúde da região Lacio, cuja capital é Roma.

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