Direitos

Defensor do Povo do Equador é preso por suspeita de abuso sexual

Em uma carta pública, Carrión expressou sua "total predisposição para cooperar com as investigações" e disse ter "solicitado uma licença para lidar com esta situação"

Agência France-Presse
postado em 17/05/2021 10:37 / atualizado em 17/05/2021 10:37
 (crédito: Fotos: Equador/Divulgação)
(crédito: Fotos: Equador/Divulgação)

O Defensor do Povo do Equador ("ombudsman"), Freddy Carrión, foi preso por suspeita de crime de abuso sexual - anunciou o Ministério Público nesta segunda-feira (17/5), em meio a pedidos de vários setores para que ele seja destituído pela Parlamento.

"O juiz acolhe o pedido de #FiscalíaEc e dita prisão preventiva contra Freddy C., Defensor do Povo, processado pelo suposto crime de abuso sexual", afirma o ente acusador em sua conta no Twitter.

"Além disso, determinou medidas de proteção em favor da vítima", acrescentou o MP, após uma audiência judicial que se estendeu até a madrugada desta segunda-feira.

O parlamentar independente Fernando Villavicencio anunciou no domingo (16/5), por meio desta mesma rede social, que entrou com um processo político contra Carrión, envolvido em um suposto ato de "violência sexual" ocorrido neste fim de semana.

O congressista divulgou um vídeo, no qual o Defensor do Povo aparece, supostamente, brigando com uma mulher e agredindo fisicamente Mauro Falconí, ex-ministro da Saúde destituído em abril pela desorganização na campanha de vacinação anticovid para idosos.

Em uma carta pública, Carrión expressou sua "total predisposição para cooperar com as investigações" e disse ter "solicitado uma licença para lidar com esta situação".

Ele negou ter participado de uma "festa clandestina" em meio ao toque de recolher em vigor e à proibição de reuniões no fim de semana, ordenados pelo governo por um mês ante uma nova onda da pandemia no Equador.

Reconheceu, no entanto, que participou de "uma reunião na casa do Dr. Mauro Falconí, com quem compartilhamos uma amizade de vários anos".

Segundo relatório policial, Villavicencio indicou que a vítima seria a esposa de Falconí.

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