Primeira missão de três meses

China confirma lançamento de astronautas para nova estação espacial

O país investiu bilhões de dólares ao longo de décadas para alcançar potências espaciais, enviando humanos ao espaço, sondas à Lua e, no mês passado, colocou um robô em Marte.

Agência France-Presse
postado em 16/06/2021 08:52 / atualizado em 16/06/2021 08:52
 (crédito: GREG BAKER / AFP)
(crédito: GREG BAKER / AFP)

A China confirmou o lançamento de três astronautas, nesta quinta-feira (17/6), às 9h22 locais (22h22 em Brasília), para sua nova estação espacial, em construção, para uma primeira missão de três meses.

Os três astronautas, todos homens, decolarão da base de Jiuquan, no deserto de Gobi (noroeste), anunciou a agência espacial encarregada dos voos tripulados (CMSA) em entrevista coletiva.

O trio embarca a bordo da espaçonave Shenzhu-12, impulsionada por um foguete Longa Marcha 2F, que irá atracar em Tianhe ("Harmonia Celestial"). Por enquanto, este é o único módulo da estação posta em órbita terrestre baixa em 29 de abril (350-390 km de distância).

A bordo, os astronautas se dedicarão a trabalhos de manutenção, instalação, saídas para o espaço, preparação de futuras missões e de próximas estadas de outros tripulantes.

A missão Shenzhu-12 é o terceiro dos 11 lançamentos que serão necessários para a construção da estação entre 2021 e 2022. Ao todo, estão previstas quatro missões tripuladas.

Além de Tianhe, que já está em órbita, os dois módulos restantes - que serão laboratórios de biotecnologia, medicina, ou astronomia - serão enviados ao espaço no ano que vem.

Depois de concluída, a estação terá uma massa de cerca de 90 toneladas, com expectativa de vida útil de pelo menos 10 anos, de acordo com a agência espacial chinesa. Será muito menor do que a ISS e similar à estação soviética Mir, lançada em 1986 e desativada em 2001.

A China investiu bilhões de dólares ao longo de décadas para alcançar potências espaciais como Estados Unidos e Rússia. Até agora, enviou humanos ao espaço, sondas à Lua e, no mês passado, colocou um robô em Marte.

O interesse chinês em ter sua própria base humana na órbita da Terra foi impulsionado pela proibição americana de seus astronautas estarem na ISS.

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