Estados Unidos

Andrew Cuomo, governador de Nova York, renuncia após acusações de assédio

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, na última semana, que achava que o democrata deveria renunciar

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou sua renúncia nesta terça-feira (10/8), depois que 11 mulheres o acusaram de assédio sexual.

"Acho que, dadas as circunstâncias, a melhor forma de ajudar agora é me afastar e deixa o governo lidar com o governo", disse Cuomo em um discurso ao vivo. "Minha renúncia terá efeito dentro de 14 dias".

Ele afirmou que quer "se desculpar profundamente, profundamente" com qualquer mulher que possa ter se sentido ofendida pelas suas ações.

"Fui muito informal com as pessoas", disse. "Abraço e beijo as pessoas casualmente, as mulheres e os homens. Fiz isso por toda a minha vida".

"Na minha cabeça, nunca cruzei a linha com ninguém", acrescentou. "Mas não percebi até qual ponto a linha foi desenhada".

Cuomo será substituído pela vice-governadora Kathleen Hochul, também democrata.

A acusação era parte de um relatório explosivo segundo o qual Cuomo teria assediado sexualmente 11 funcionárias (atuais e anteriores) do governo. Cuomo, de 63 anos, nega ter tocado em uma mulher de forma inapropriada. O presidente Joe Biden chegou a pedir a renúncia de Cuomo há uma semana, mas ele se recusou.

A situação de Cuomo ficou mais delicada no último domingo (8/8), quando Melissa DeRosa, secretária dele desde 2017, pediu demissão alegando assédio. Durante muito tempo ela foi descrita pela imprensa de Nova York como uma das confidentes mais próximas de Cuomo. Na carta de demissão, ela afirma que os últimos dois anos foram "duros, emocional e mentalmente".