Otan

Blinken diz que Otan usará a força no caso de uma agressão da Rússia na Ucrânia

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, declarou que uma solução diplomática para a pressão militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia ainda é possível

Agência Estado
postado em 07/01/2022 17:29 / atualizado em 07/01/2022 17:30
Antony Blinken, Secretário de Estado americano  -  (crédito: Gints Ivuskans / POOL / AFP)
Antony Blinken, Secretário de Estado americano - (crédito: Gints Ivuskans / POOL / AFP)

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, declarou nesta sexta-feira, 7, que uma solução diplomática para a pressão militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia ainda é possível e é a primeira opção, mas a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está se preparando para reagir com força à qualquer agressão russa.

A declaração do chefe da diplomacia americana foi dada durante uma entrevista coletiva em Washington antes de do início da semana de negociações entre as potências ocidentais e Moscou. Blinken acusou o governo russo de estar alimentando as tensões com desinformação sobre a Ucrânia alegando que a ex-república soviética está ameaçando a Rússia e buscando provocar um conflito.

Ainda nesta sexta-feira, mais cedo, o secretário geral da Otan, Jens Stoltenberg, considerou que o envio e concentração de militares russos na fronteira com a Ucrânia representa um risco real de conflito e a aliança deve se preparar para o fracasso dos esforços diplomáticos.

"As ações agressivas da Rússia prejudicam seriamente a segurança na Europa", advertiu Stoltenberg após uma reunião com os ministros das Relações Exteriores da organização. Ao mesmo tempo, Stoltenberg chamou a decisão de Moscou de participar de uma reunião do conselho da Otan-Rússia na quinta-feira de um sinal positivo.

Na segunda-feira, 3, a questão ucraniana vai estar no centro das discussões entre a Rússia e os EUA. A este respeito, o chefe da Otan alertou que "não haverá discussão sobre a segurança europeia sem europeus na mesa de negociações". Blinken já havia defendido que as negociações sobre a Ucrânia deveriam ter a participação do país.

Washington e seus aliados acusam a Rússia de preparar uma invasão depois de reunir cerca de 100 mil soldados perto da fronteira com a Ucrânia, uma ex-república soviética.

Os países ocidentais estão tentando dissuadir Moscou de lançar um ataque contra seu vizinho, que desde 2014 luta contra separatistas pró-russos em duas regiões na fronteira leste. O conflito eclodiu após a anexação da Crimeia pela Rússia e deixou mais de 13 mil mortos.

Stoltenberg alertou a Rússia sobre qualquer ação intempestiva contra a Ucrânia. "Se a Rússia decidir usar meios militares contra seu vizinho, estará sujeita a severas sanções econômicas e políticas", declarou.

No entanto, reiterou que a Otan não interviria militarmente, uma vez que a Ucrânia não é um de seus membros. Mesmo assim, a organização transatlântica se prepara para reforçar sua presença militar no flanco oriental. "Temos capacidades significativas", disse Stoltenberg, lembrando que a aliança tem uma força de reação rápida de cerca de 40 mil soldados. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.