Pandemia

Québec exige passaporte de vacina para compra de álcool e maconha

Província canadense passa pelo pior momento desde o início da pandemia e tem hospitais "à beira do ponto de não retorno", segundo o ministro da Saúde local, Christian Dubé

Jéssica Gotlib
postado em 12/01/2022 12:36 / atualizado em 12/01/2022 12:49
 (crédito: ANDREJ IVANOV)
(crédito: ANDREJ IVANOV)

A província de Québec, no Canadá, tem tomado medidas drásticas para incentivar a vacinação e conter a onda de casos de covid-19 provocada pela variante Ômicron. Junto ao novo imposto de saúde exclusivo para não-vacinados, o governo local anunciou uma medida restritiva incomum: não será permitido vender álcool ou maconha para pessoas que recusarem a imunização. Anunciado há uma semana, o passaporte começa a valer em 18 de janeiro, mas, aparentemente, já apresenta resultados.

Segundo o ministro da Saúde de Québec, Christian Dubé, os dados de imunização deram um salto nos últimos dias. “O agendamento para a 1ª dose continuam a aumentar. Cerca de 5 mil agendamentos foram feitos em 10 de janeiro e 7 mil ontem (terça-feira, 11), nosso recorde por vários dias. Os agendamentos foram realizados em todas as faixas etárias. 107 mil doses administradas ontem. É encorajador!”, comemorou pelo perfil oficial do Twitter.

Antes do anúncio das restrições, Québec vacinava uma média de 850 pessoas por dia. O recorde até o momento havia sido registrado em novembro, quando a província aplicou cerca de 1,6 mil primeiras doses em média. Apesar de ser uma boa notícia, a imprensa local alerta que ainda não se pode comemorar uma tendência de alta nas imunizações. Em cidades como Montreal, por exemplo, os números de janeiro continuam semelhantes aos de dezembro.

Já os dados de novas infecções e internações, por outro lado, seguem em uma crescente. Ainda na terça-feira (11/7), Dubé disse à imprensa local que os hospitais da província estão “à beira de um ponto de não retorno”. As projeções, segundo ele, indicam que Québec pode ter 2,5 mil internações por covid-19 nos próximos dias. “O fim de semana que está chegando será o mais difícil”, falou ao Montreal Gazette.

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