Pandemia

Nike começa a demitir funcionários que não se vacinaram contra covid-19 nos EUA

Até o momento, não há confirmação se medida semelhante será adotado nas lojas da empresa no Brasil

Pedro Grigori
postado em 19/01/2022 18:22 / atualizado em 19/01/2022 18:22
 (crédito: NICOLAS ASFOURI)
(crédito: NICOLAS ASFOURI)

A Nike, empresa estadunidense de calçados, roupas e acessórios, decidiu apertar o cerco contra funcionários que não querem tomar vacina contra a covid-19. Nos Estados Unidos, pelo menos 10 funcionários já foram demitidos por não se imunizarem, informou o jornal The Oregonian.

No dia 1º de dezembro de 2021, a Nike enviou um comunicado aos funcionários estadunidenses pedindo que eles verifiquem o status de vacinação e tomem as doses necessárias o mais rápido possível. Para aqueles que não podem ser imunizados por motivos de saúde, a empresa pediu que providenciassem um atestado médico comprovando a situação.

40 dias depois, na segunda semana de janeiro, alguns funcionários receberam um e-mail informando sobre o desligamento da empresa. “Você não concluiu o processo de verificação e nossos registros mostram que você não tem uma isenção aprovada. Como resultado, você não está em conformidade com a política e seu emprego está programado para ser rescindido no sábado, 15 de janeiro de 2022”, diz um e-mail recebido por um funcionário, e compartilhado com o The Oregonian.

De acordo com o jornal, pelo menos 120 funcionários criaram um grupo para protestar contra a obrigatoriedade da imunização. Até o momento, a empresa não respondeu aos questionamentos da equipe.

A Nike esperava voltar ao trabalho presencial nas fábricas e escritórios no dia 10 de janeiro deste ano, mas devido ao aumento de casos de covid-19 nos Estados Unidos, os planos de retorno foram adiados.

E no Brasil?

No Brasil, a Nike não tem a mesma direção da sede nos Estados Unidos. Em fevereiro de 2020, o grupo SBF, detentor da marca de varejo esportivo Centauro, tornou-se proprietário da Nike no Brasil, virando a distribuidora exclusiva dos produtos da marca americana, incluindo roupas, calçados, acessórios e equipamentos esportivos, e operadora exclusiva das lojas físicas e do comércio eletrônico da Nike, tendo direito a abrir novas lojas.

Até o momento, o grupo SBF não anunciou medidas semelhantes as adotadas pela Nike nos Estados Unidos. O Correio entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa e questionou se existem planos de replicar a medida norte-americana, mas não tivemos retorno até a última atualização desta matéria. 

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