GUERRA NA UCRÂNIA

Como "protesto", ucraniano afunda iate de patrão russo: "Não me arrependo"

Caso ocorreu na ilha de Maiorca, na costa da Espanha; Taras Ostapchuk, de 55 anos, foi preso após abrir — de forma proposital — várias válvulas de regulagem hídrica e parcialmente submergir um iate de US$ 7,7 milhões; após ser solto, o homem foi para a Ucrânia lutar

Ronayre Nunes
postado em 01/03/2022 14:41 / atualizado em 01/03/2022 14:41
O iate — chamado de Lady Anastasia — sofreu danos
O iate — chamado de Lady Anastasia — sofreu danos "irremediáveis" - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

Um homem ucraniano, chamado Taras Ostapchuk, de 55 anos, foi preso no último sábado (26/2) após parcialmente afundar um iate de US$ 7,7 milhões e 156 pés — de forma proposital — na ilha de Maiorca, na costa da Espanha. Ostapchuk abriu diversas válvulas hidráulicas do barco e o estrago foi tão grande que afetou a sala de engenharia do iate. Segundo informações do jornal local, Majorca Daily Bulletin, a ação foi um protesto contra a invasão da Ucrânia pela Rússia. O dono do iate, é o empresário russo Alexander Mijeev.

Após ser preso, Ostapchuk passou por uma audiência de liberdade. Na ocasião, o ucraniano afirmou que Mijeev é “um criminoso que vende armas para matar o povo da Ucrânia”. O empresário russo é o CEO da Rossoboronexport, uma empresa de armas militares da Rússia.

O iate — chamado de Lady Anastasia — sofreu danos “irremediáveis”.

Ainda durante a audiência, Ostapchuk afirmou que não se arrependeu da sabotagem, e que “faria tudo de novo”. O ucraniano trabalhou por cerca de 10 anos como mecânico náutico na ilha espanhola e foi liberado após a audiência de custódia. Ele deixou claro que voltaria à Ucrânia para lutar.

“Eu assisto as notícias sobre a guerra. Eu vi um helicóptero atacar um prédio em Kiev. Essas armas foram produzidas pelo dono daquele iate. Eles atacam pessoas inocentes”, declarou Ostapchuk, que ainda completou: "Eu nunca peguei em uma arma na minha vida, mas se for preciso eu vou. Por que não?"

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação