Guerra no leste europeu

Grupo protesta contra guerra em frente à Embaixada da Ucrânia

Em entrevista coletiva, o encarregado da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, disse que Putin deu "ultimato" ao governo durante nova rodada de negociações. Sergio Guchenkov, ucraniano que vive no Brasil, faz um apelo a Bolsonaro: "Peça a ele que pare com os ataques, ligue para ele"

Deborah Hana Cardoso
postado em 02/03/2022 12:10 / atualizado em 02/03/2022 12:17
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/DA.Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/DA.Press)

Um protesto pacífico foi feito em frente à Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3). Reunidos, ucranianos, descendentes e pessoas tocadas pela guerra que ocorre no país, após o ataque russo, pedem pelo fim dos conflitos, iniciados há uma semana.

Em entrevista coletiva, o encarregado da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu "ultimatos" ao governo durante as negociações. "Ele queria uma rendição, retirando armas e tropas", explicou. Tkach ainda destacou que a pressão econômica feita pelos Estados Unidos e pela União Europeia não parece surtir efeito nas investidas militares. "Ele não parece querer recuar, mesmo sob pressão econômica. Não surte efeito", pontuou.

Sobre a questão dos vistos humanitários, o encarregado explicou que há uma espera pela portaria que concede os vistos. Há um dia, o presidente Jair Bolsonaro disse que iria conceder tais vistos.

Sergio Guchenkov, ucraniano que vive no Brasil e que participou da manifestação, fez um apelo aos brasileiros para que parem de apoiar Putin, e outro ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), devido à sua proximidade com o líder russo. "Peça a ele que pare com os ataques, ligue para ele", apelou.

Bolsonaro voltou a afirmar no último domingo (27) que o Brasil permanecerá neutro em relação ao conflito na Ucrânia. Em coletiva de imprensa, no Guarujá, onde passou o carnaval, ele ainda questionou: “Você quer que eu faça o quê para acabar com a guerra? Tudo que eu podia fazer eu já fiz e vou continuar fazendo”, disparou.

  • Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3)
    Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3) MARCELO FERREIRA/CB/DA.PRESS
  • Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3)
    Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3) MARCELO FERREIRA/CB/DA.PRESS
  • Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3)
    Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3) MARCELO FERREIRA/CB/DA.PRESS
  • Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3)
    Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3) MARCELO FERREIRA/CB/DA.PRESS
  • Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3)
    Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3) MARCELO FERREIRA/CB/DA.PRESS
  • Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3)
    Manifestação pela paz na Embaixada da Ucrânia nesta quarta-feira (2/3) MARCELO FERREIRA/CB/DA.PRESS

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação