Petróleo

Reino Unido deixará de importar petróleo russo no final do ano

De acordo com o ministro de Negócios e Energia, o Reino Unido deixará de importar petróleo russo até o final de 2022

Agence France-Presse
postado em 08/03/2022 15:23 / atualizado em 08/03/2022 15:23
Ministro Kwasi Kwarteng -  (crédito: DANIEL LEAL-OLIVAS)
Ministro Kwasi Kwarteng - (crédito: DANIEL LEAL-OLIVAS)

O Reino Unido deixará de importar petróleo e derivados russos até o final de 2022, disse o ministro de Negócios e Energia nesta terça-feira (8), em linha com um anúncio semelhante dos Estados Unidos, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Esta transição dará ao mercado, empresas e cadeias de abastecimento tempo mais do que suficiente para substituir as importações russas, que representam 8% da demanda do Reino Unido", tuitou o ministro Kwasi Kwarteng.

Minutos depois, o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou um embargo às importações de petróleo e gás russos para os Estados Unidos.

A decisão britânica não diz respeito ao gás natural russo, que representa 4% do consumo no Reino Unido. Apesar de tudo, Kwarteng disse que também está "explorando opções para encerrar" essas compras.

Esta decisão ameaça agravar a crise do custo de vida no Reino Unido, onde os preços da gasolina e do diesel já dispararam devido à turbulência do mercado após a invasão ordenada pela Rússia, um grande produtor de hidrocarbonetos essenciais na Europa.

Mas segundo Kwarteng, a maioria das importações de petróleo bruto do Reino Unido vem de "parceiros confiáveis", como Estados Unidos, Holanda e países do Golfo Pérsico.

"Vamos trabalhar com eles este ano para garantir mais suprimentos", disse ele.

"O mercado já começou a banir o petróleo russo, que atualmente encontra quase 70% sem comprador", acrescentou o ministro, anunciando a criação de um grupo de trabalho do governo para ajudar as empresas a encontrar alternativas ao petróleo russo.

Estivadores britânicos em uma instalação no noroeste da Inglaterra se recusaram no sábado a descarregar petróleo russo de um navio-tanque, pedindo ao governo que feche uma "brecha" nas sanções que permitem entregas de navios de bandeira estrangeira.


 

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