Eleições internacionais

Franceses vão às urnas neste domingo e disputa fica entre Macron e Le Pen

Pesquisas apontam ainda para um segundo turno, que deve acontecer ainda em abril

A França vai às urnas neste domingo (10/4) para o primeiro turno de suas eleições gerais. Neste ano, os favoritos para levar o Palais de l'Élysée (Palácio de Eliseu, escrito em francês) são o atual presidente de centro Emmanuel Macron e a candidata da extrema direita, Marine Le Pen — que ficou em segundo lugar em 2017.

Ao todo são 11 candidatos no primeiro turno neste pleito. Segundo a média das pesquisas compilada pelo Financial Times, Macron tem 26,7% das intenções de voto e Marine Le Pen, 22,4%. Já o candidato da esquerda, Jean-Luc Mélenchon, está em terceiro com 16,5% do eleitorado.

Uma pesquisa do Instituto Elabe Opinion, divulgada pela TV BFM na sexta-feira (8), também manteve Macron à frente e Le Pen em segundo, mas com uma margem de diferença de 1 ponto percentual entre ambos. Macron, com 25%, e Le Pen, 24%. Já Mélenchon se manteve em terceiro com 17,5%. Conforme apontam os institutos de pesquisa, os dois devem se enfrentar em um eventual segundo turno, em 24 de abril.

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Outros candidatos

Candidato da esquerda, Mélenchon prometeu congelar preços de produtos, aumentar salários e fortalecer os serviços públicos. Com seu discurso levou um grande público para seu comício em Paris, em 20 de março deste ano. Ele foi candidato em 2017, mas ficou de fora da votação final.

No espectro político de Le Pen, há Eric Zammour, escritor e participante de programas de TV. Ele é contrário a imigrantes e a muçulmanos. Zammour quer retomar as fronteiras e diz que deveria ser proibido nomear crianças como Maomé. Já criticou o que chama de “feminização da sociedade”, e quer que crianças especiais sejam enviadas para “escolas especiais”. Em 2020, chegou a dizer que preferia uma aliança com a Rússia, que ele diz ser um parceiro mais confiável do que os Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.

Há também Valerie Pecresse, que atualmente é presidente do Conselho Regional de Ilha de França e já foi ministra do Ensino Superior e da Pesquisa (2007-2011) e ministra do Orçamento, das Contas Públicas e da Reforma do Estado (2011-2012). Ela participou dos governos dos presidentes Jacques Chirac (1995-2007) e de Nicolas Sarkozy (2007-2012). Já durante a pandemia, criticou o atual presidente e líder nas pesquisas por ter aumentado os gastos governamentais. Defende acabar com a semana de 35 horas de trabalho e aumentar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos — hoje são 62 anos.