Estados Unidos

Biden viaja à Ásia à sombra de possíveis testes nucleares norte-coreanos

Sem descuidar das demandas da Europa, Biden se reuniu pouco antes de sua partida com os líderes da Finlândia e da Suécia para apoiar seus pedidos de adesão à Otan, uma mudança histórica no distanciamento dos países nórdicos da organização de defesa, motivada pela invasão russa da Ucrânia no final de fevereiro

Agence France-Presse
postado em 19/05/2022 23:34
 (crédito: Drew Angerer/Getty Images/AFP)
(crédito: Drew Angerer/Getty Images/AFP)

O presidente Joe Biden partiu para a Coreia do Sul e o Japão nesta quinta-feira (19) para afirmar a liderança dos Estados Unidos na Ásia, enquanto a Casa Branca se concentra na Rússia e na Europa e teme-se um teste nuclear norte-coreano durante sua viagem.

Biden busca cimentar a influência americana na Ásia, onde o crescente poderio comercial e militar da China socava o domínio de Washington.

Sem descuidar das demandas da Europa, Biden se reuniu pouco antes de sua partida com os líderes da Finlândia e da Suécia para apoiar seus pedidos de adesão à Otan, uma mudança histórica no distanciamento dos países nórdicos da organização de defesa, motivada pela invasão russa da Ucrânia no final de fevereiro.

Em outro sinal do envolvimento crescente dos Estados Unidos no conflito, a Casa Branca informou que Biden promulgará durante a viagem o pacote suplementar de 40 bilhões de dólares em ajuda militar para a Ucrânia, aprovado na quinta pelo Congresso.

Isso garantirá que não haja vácuos no fluxo de financiamento, disse a jornalistas o assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, a bordo do Air Force One, o avião presidencial, a caminho de Seul.

No entanto, outra crise espera Biden em sua chegada, diante do temor de que o imprevisível governo norte-coreano escolha esse momento para chamar a atenção com um teste de seus mísseis de capacidade nuclear, ou inclusive um teste de detonação.

Apesar do forte surto de covid-19 na Coreia do Norte, "os preparativos para um teste nuclear de Pyongyang foram concluídos e só se busca o momento certo", disse o parlamentar sul-coreano Ha Tae-keung após ser informado pela agência de espionagem de Seul.

Sullivan disse que há um "risco real de que ocorra algum tipo de provocação, enquanto se está na região, seja na Coreia do Sul ou no Japão".

"Sabemos o que faremos para responder. Temos nos comunicado não só com nossos aliados, mas também com a China", acrescentou.

Biden irá da Coreia do Sul ao Japão no domingo.

Ele manterá conversações com os governantes dos dois países, além de se unir a uma cúpula regional do grupo Quad - Austrália, Índia, Japão e EUA - em Tóquio.

Durante a primeira etapa, visitará as tropas americanas e sul-coreanas, mas não realizará a tradicional viagem presidencial à fronteira fortificada conhecida como DMZ entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, informou a Casa Branca.

Horas antes da chegada de Biden, o recém-eleito presidente sul-coreano, muito pró-americano, Yoon Suk-yeol, tuitou: "Uma montanha mostra seu caminho para o cume para aqueles que o buscam. Estou confiante de que a aliança entre a República da Coreia e os Estados Unidos buscando defender os valores da democracia e dos direitos humanos só crescerão no futuro".

 

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