A invasão russa à Ucrânia é a pauta do encontro dos líderes do G7 aberto neste domingo (27/6), na Alemanha. Os representantes discutiram novas sanções contra o Kremlin e pediram a unidade do grupo. Entre as medidas a serem adotadas, está o fim das importações de ouro da Rússia.
"Juntos, o G7 anunciará que proibiremos o ouro russo, uma importante fonte de exportação, privando a Rússia de bilhões de dólares", declarou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Em 2021, apenas com as exportações do metal, a Rússia movimentou mais de US$ 15,5 bilhões, conforme dados apresentados pelo primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson. "Essas medidas atingirão diretamente os oligarcas russos", declarou o premier.
A expectativa é que as sanções sejam anunciadas coletivamente amanhã.
Desde o início da ofensiva, os países ocidentais adotaram uma série de medidas na tentativa de conter a escalada dos ataques contra o território ucraniano. Apesar da rigidez das ações, o presidente russo Vladimir Putin não esboçou desconforto e segue na aposta de um conflito sem data para acabar.
Convidado a participar do encontro, o presidente da Ucrânia Volodimir Zelensky se somará à cúpula hoje, de forma virtual. O governo ucraniano deve voltar a pedir a ampliação das sanções restritivas.
União
A soma de esforços dos países membros do G7 no enfrentamento ao confronto foi elogiada. Na avaliação de Biden, o presidente russo apostava "que, de uma forma ou de outra, a Otan e o G7 se separassem. Mas não o fizemos e não vamos", afirmou.
União reconhecida pelo anfitrião da cúpula, o chanceler alemão Olaf Scholz. Segundo ele, "Putin não esperava" e pediu aos países que "compartilhem a responsabilidade" de enfrentar os desafios crescentes do conflito.
Apesar dos pedidos pela unidade do grupo, Boris Johnson alertou para o risco de "cansaço" nos países ocidentais, frente ao avanço das forças russas na região do Donbass, no leste da Ucrânia.
Infraestrutura
Outro ponto de tensão a ser discutido no encontro do G7 está na China. Os líderes do ocidente querem conter o gigante asiático e suas "Novas Rotas da Seda" investindo maciçamente na infraestrutura dos países da África, Ásia e América Latina.
Para isso, anunciou o lançamento de um grande programa de investimentos, chamado "Associação Mundial para Infraestruturas", com o objetivo de mobilizar 600 bilhões de dólares até 2027, para financiar infraestruturas de países em desenvolvimento.
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