ESTADOS UNIDOS

Flórida registra 4 mortes por uso de maconha infectada com veneno de rato

Segundo o centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, outras 52 pessoas adoeceram após o consumo de cannabis sintética infectada com o pesticida Brodifacoum

Francisco Artur
postado em 18/10/2022 16:36 / atualizado em 18/10/2022 16:36
Na Flórida, a cannabis é legalizada, apenas, para o caráter medicinal -  (crédito: Freepik/jcomp)
Na Flórida, a cannabis é legalizada, apenas, para o caráter medicinal - (crédito: Freepik/jcomp)

Em 10 meses, o estado norte-americano da Flórida contabilizou quatro mortes e 52 casos de pessoas que se infectaram após ingerirem maconha sintética contaminada com veneno de rato. O primeiro registro de infecções de usuários da droga por pesticidas foi feito em dezembro do ano passado, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

Entre os sintomas relatados pelos infectados, o CDC destaca o sangramento excessivo, dor abdominal e episódios de sangue na urina e no vômito. Os casos começaram a ser registrados na cidade de Tampa, na costa da Flórida.

Maconha infectada

De acordo com o CDC dos EUA, a cannabis utilizada pelos usuários estava infectada pelo pesticida brodifacoum — veneno comum no combate a ratos, ratazanas e gambás.

Este produto mata o animal, por meio da redução da capacidade do bicho em coagular o sangue, causando hemorragia e sangramento até a morte. Por isso, quando ingerido por humanos, os principais sintomas têm relação com a coagulação sanguínea.  

Tratamento

Para remediar a infecção, os pacientes receberam altas doses de vitamina K1 - enzima responsável pelo coágulo sanguíneo.

Como os EUA não oferece sistema de saúde gratuito, parte dos usuários infectados não puderam pagar o tratamento, que pode custar mais de US$ 65.000. Para atendê-los, uma empresa farmacêutica doou comprimidos de vitamina K1 suficientes para os 52 pacientes.

Maconha na Flórida

Nos EUA, 38 estados permitem o uso da maconha para algum fim. Na Flórida, a cannabis é legalizada, apenas, para o caráter medicinal. Dessa forma, para conseguir fumar a erva, o usuário terá de apresentar um cartão de registro no estado e uma receita médica para obtê-la na farmácia.   

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