Tragédia

Polícia responderá por tragédia de Halloween na Coreia do Sul, diz governo

Pelo menos 156 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na noite de sábado (29), na primeira festa de Halloween após a pandemia da covid-19.

Agência France-Presse
postado em 02/11/2022 12:29
 (crédito: ANTHONY WALLACE / AFP)
(crédito: ANTHONY WALLACE / AFP)

Seul, Coreia do Sul - O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Han Duck-soo, afirmou, nesta quarta-feira (2), que a polícia será responsabilizada por não responder as inúmeras chamadas de emergência antes da aglomeração mortal de Halloween em Seul.

Pelo menos 156 pessoas, a maioria jovens, morreram, e dezenas ficaram feridas na noite de sábado (29), quando a primeira festa de Halloween após a pandemia da covid-19 se transformou em uma aglomeração descontrolada no popular bairro de Itaewon.

Transcrições das chamadas de emergência obtidas pela AFP, muitas delas horas antes do desastre, mostram o crescente desespero, ante a densidade da multidão.

"Quando qualquer cidadão faz uma chamada de emergência é porque é muito urgente e há necessidade de ajuda, ou de ação, da polícia", declarou o primeiro-ministro, depois de uma reunião do governo.

"O governo responsabilizará, firmemente, os responsáveis, assim que a investigação terminar", garantiu.

Uma investigação sobre as causas da tragédia está em andamento, e uma equipe de investigação revistou várias dependências policiais nesta quarta-feira, incluindo as do bairro da dramática ocorrência.

Cerca de 100.000 pessoas foram a Itaewon para a celebração do Halloween. Como não era um evento "oficial", com um organizador designado, não houve controle da multidão por parte da polícia, nem de outras autoridades.

Hoje, o governo também anunciou que vai modernizar o serviço de chamadas de emergência 112.

"O governo fará o melhor possível para criar uma sociedade mais segura e tomará este acidente como uma lição", disse Park Jong-hyun, do Ministério do Interior e de Segurança, à imprensa.

Vários funcionários de alto escalão, incluindo o chefe de polícia, o prefeito de Seul e o ministro do Interior, pediram desculpas publicamente, na terça-feira (1º), e admitiram que falharam em evitar o desastre.

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