PORTUGAL

Brasileiros em Lisboa defendem a democracia e pedem punição a terroristas

Por várias vezes, os presentes ressaltaram a importância de não se dar anistia aos golpistas que atentaram contra às instituições democráticas

Vicente Nunes - Correspondente
postado em 11/01/2023 17:46 / atualizado em 11/01/2023 17:55
Protesto em Portugal -  (crédito: Vicente Nunes/CB/D.A. Press)
Protesto em Portugal - (crédito: Vicente Nunes/CB/D.A. Press)

Lisboa — Pelo menos 200 brasileiros e portugueses tomaram o Largo Camões, no Chiado, centro da capital de Portugal, num ato em defesa da democracia brasileira. Por quase duas horas, representantes da sociedade fizeram alertas sobre os riscos que o Brasil está correndo diante dos atos terroristas que destruíram as sedes dos Três Poderes no último domingo (8/1). Por várias vezes, os presentes ressaltaram a importância de não se dar anistia aos golpistas que atentaram contra às instituições democráticas. Muitos defenderam a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Um dos presentes, o ator Antonio Grassi, afirmou que os brasileiros não vão se render aos golpistas e que a democracia no Brasil é mais forte que aqueles que tentam destrui-la. Ele ressaltou que ao longo dos últimos quatro anos, o governo Bolsonaro tentou destruir as instituições e a cultura, mas o país resistiu. Para ele, todos os responsáveis pelos atentados terroristas devem ser punidos com rigor. É preciso, na avaliação dele, ir atrás dos financiadores dos movimentos golpistas.

  • Ellen Theodoro defende que parlamentares que defendem golpismo devem ter os mandatos cassados Vicente Nunes/CB/D.A. Press
  • Protesto em Portugal Vicente Nunes/CB/D.A. Press
  • Protesto em Portugal Vicente Nunes/CB/D.A. Press

Segundo Ellen Theodoro, 42 anos, manifestações como a de Lisboa são importantes para alertar aos brasileiros que vivem no exterior sobre a gravidade dos ataques à democracia, pois qualquer descuido pode ser fatal. Ela também ressaltou a importância de não se deixar os terroristas impunes. “Todos devem pagar pelo que fizeram. Inclusive parlamentares que, nos últimos anos, disseminaram informações falsas e ajudaram a alimentar os movimentos anti-democráticos. Os mandatos deles devem ser cassados”, frisou.

Dalva Alves, 61, disse que fez questão de sair de casa, mesmo com muito frio, para defender a democracia brasileira, que está em risco. Ela acredita que mesmo pessoas que não votaram em Bolsonaro nas últimas eleições estão estarrecidas com o que está ocorrendo no Brasil. “Jamais imaginei que os golpistas chegariam tão longe, ao invadirem as sedes dos Três Poderes. E é assustador ver que eles estão dispostos a ir mais longe”, destacou. “Os brasileiros não podem abrir mão da democracia, jamais”, acrescentou.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) acompanhou de perto as manifestações, totalmente pacíficas. As palavras de ordem foram intercaladas com músicas, numa demonstração de unidade em torno da defesa democracia e da volta da paz ao Brasil. Uma das organizadoras do manifesto, Débora Dias, do Coletivo Andorinha, fez um alerta enfático para que a população brasileira não permita que o fascismo e o autoritarismo prevaleçam. “Devemos ficar muito atentos. O momento é gravíssimo”, assinalou.

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