Atos extremistas

Interventor federal diz que Anderson Torres viajou antes das férias oficiais

De acordo com Ricardo Cappelli, férias do ex-secretário estavam previstas para começar na segunda (9), segundo publicação no DOU; atos ocorreram domingo, um dia antes

Rafaela Gonçalves
postado em 11/01/2023 16:27 / atualizado em 11/01/2023 16:28
 (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)

O interventor federal Ricardo Cappelli afirmou que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, exonerado após os atos golpistas do último domingo (8/1), não deveria estar de férias. “Viajou, inclusive sem estar de férias”, destacou Cappelli.

Segundo ele, “as férias de Torres, publicadas no Diário Oficial, valiam a partir do dia 9. Então, no dia 8, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal ainda era o senhor Anderson Torres”, disse o interventor durante entrevista coletiva, nesta quarta-feira (11).

Torres embarcou com a família para Orlando, nos Estados Unidos, na véspera das invasões em Brasília e teve sua prisão decretada ontem pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por omissão nos ataques e depredação a prédios dos Três Poderes. Em suas redes sociais, ele afirmou que interromperia as férias e voltaria ao Brasil para se entregar à Justiça. No entanto, a Polícia Federal afirmou que ainda não tem informações sobre o retorno do ex-secretário.

Cappelli voltou a colocar em questão a viagem de Torres, depois de ter realizado a troca de agentes experientes. “É muito estranho que o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal assuma a sua função no dia 2, exonere e troque todo o comando, quase todo o comando da secretaria, viaje, e alguns dias depois aconteça o que aconteceu aqui em Brasília. Isso é coincidência?”, enfatizou.

Na ocasião, o interventor federal aproveitou para reforçar que tem “plena confiança" nas forças de segurança do DF e que o ocorrido no domingo foi ocasionado por uma falha no comando. “Temos o total apoio do efetivo, das corporações e dos homens de segurança, que têm compromisso com a República e com o Estado Democrático de Direito.”

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