Igreja Católica

Papa Francisco afirma que "homossexualidade não é crime, mas é pecado"

O pontífice já fez várias declarações em que defende a descriminalização da homossexualidade e destaca que membros da comunidade LGBTQIA+ devem ser acolhidos

Correio Braziliense
postado em 25/01/2023 11:54
 (crédito: Andreas SOLARO / AFP)
(crédito: Andreas SOLARO / AFP)

Mais uma vez se posicionando sobre a comunidade LGBTQIA+, o papa Francisco destacou que a homossexualidade não é crime, mas seguiu a linha doutrinária da Igreja Católica ao reforçar que é "pecado". A fala ocorreu em entrevista à Associated Press.

Segundo o papa, é necessário distinguir a ideia de crime e pecado no caso da homossexualidade. “Não é crime. Sim, mas é pecado", afirmou. "Também é pecado não ter caridade uns com os outros”, acrescentou ele.

O pontífice reconheceu que existem bispos da Igreja em várias partes do mundo que apoiam leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a comunidade LGBTQIA+, mas atribuiu as atitudes a origens culturais e destacou que "os bispos precisam passar por um processo de mudança para reconhecer a dignidade de todos".

É a primeira vez que o papa fala sobre as leis. As afirmações são condizentes com a linha de pensamento já exposta por ele em outras entrevistas, em que destaca que membros da comunidade LGBTQIA+ devem ser acolhidos. 

"Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela força que cada um de nós luta pela nossa dignidade”, disse Francisco, disse.

Dados da Human Dignity Trust indicam que 67 países têm leis que criminalizam relações sexuais e consensuais entre pessoas do mesmo sexo. Onze delas podem impor ou diretamente declaram morte para a intimidade sexual de homossexuais.

Leis que visam descriminalizar a comunidade também vêm sendo discutidas na atualidade, como o caso da "Não diga gay", nos EUA.

Para o Papa, as leis são "injustas" e a Igreja Católica deve trabalhar para acabar com elas.

Falas a favor da comunidade LGBT se tornaram comuns no papado de Francisco. A mais famosa ocorreu em 2013, quando questionado sobre um padre supostamente gay e que ele respondeu: "Quem sou eu para julgar?".

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