Itália

Mais de 23 mil pessoas permanecem desabrigadas após enchentes na Itália

Na semana passada, o equivalente a seis meses de chuva caiu em apenas 36 horas na região de Emilia-Romagna, que tem cerca de 4,5 milhões de habitantes

Agence France-Presse
postado em 22/05/2023 17:49
 (crédito: Andreas SOLARO/AFP)
(crédito: Andreas SOLARO/AFP)

As autoridades italianas anunciaram que mais de 23 mil pessoas no noroeste do país continuam desabrigadas nesta segunda-feira (22/5), cerca de uma semana depois de chuvas torrenciais que provocaram enchentes e mataram 14 pessoas.

A maioria dos deslocados está com familiares ou amigos, entretanto, aproximadamente 2.700 foram realocados em hotéis, escolas, academias e outros centros, detalharam as autoridades da região de Emilia-Romagna.

Na semana passada, o equivalente a seis meses de chuva caiu em apenas 36 horas nesta região com 4,5 milhões de habitantes. Cerca de 20 rios transbordaram devido às chuvas, que causaram deslizamentos de terra.

  • A primeira-ministra Giorgia Meloni calçou galochas e visitou casas inundadas no nordeste da Itália no domingo, depois de retornar mais cedo da cúpula do G7 no Japão após inundações que deixaram 14 mortos. Handout / Palazzo Chigi press office / AFP
  • Equipes de resgate patrulham uma rua inundada em 21 de maio de 2023 em Conselice, perto de Ravenna, depois que uma enchente mortal atingiu a região de Emilia-Romagna. Andreas SOLARO/AFP
  • Moradores na varanda de sua propriedade inundada em 21 de maio de 2023 em Conselice, perto de Ravenna, depois que uma enchente mortal atingiu a região de Emilia-Romagna. Andreas SOLARO/AFP
  • Uma visão geral mostra uma rua inundada em 21 de maio de 2023 em Conselice, perto de Ravenna, depois que uma enchente mortal atingiu a região de Emilia-Romagna. Andreas SOLARO/AFP
  • Uma visão geral mostra uma rua inundada em 21 de maio de 2023 em Conselice, perto de Ravenna, depois que uma enchente mortal atingiu a região de Emilia-Romagna. Andreas SOLARO/AFP

A água também cobriu vastas áreas agrícolas e destruiu plantações. Embora a limpeza tenha começado em várias áreas, muitas permanecem inundadas.

As autoridades tentaram restabelecer a conexão à internet dos hospitais, administrações e escolas nesta segunda-feira.

Além das perdas humanas, esta região - uma das mais ricas da Itália - sofreu estragos econômicos que ainda não podem ser quantificados.

Mais de 600 ruas seguem interditadas nesta segunda-feira e a região calculou que serão necessários 620 milhões de euros (cerca de US$ 670 milhões, ou R$ 3,32 bilhões na cotação atual) para recuperar a rede rodoviária.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, retornou antes do previsto da cúpula do G7, no Japão, para visitar algumas das áreas mais atingidas.

O esperado é que Meloni realize uma reunião de gabinete na terça-feira, na qual poderá desbloquear fundos de emergência destinados à região.

Vários grupos privados prometeram fundos para ajudar na recuperação da região, inclusive o gigante franco-italiano de automóveis Stellantis, que prometeu um milhão de euros (R$ 5,36 milhões). A Fórmula 1 e a Ferrari também ofereceram, cada um, o mesmo valor.

O grupo francês de luxo LVMH, que engloba as marcas italianas Bulgari e Fendi, e a Kering, dona da Gucci, também fizeram doações sem especificar o valor.

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