A casa Christie's anulou o leilão do segundo lote de uma coleção de joias que pertenceram à falecida bilionária austríaca Heidi Horten, cujos vínculos de seu marido com o nazismo geraram polêmica.
São mais de 700 peças, a maioria foi vendida em maio em um leilão na Suíça, com possibilidade de compra on-line, que arrecadou mais de 202 milhões de dólares. A venda do último lote estava prevista para novembro.
Antes do primeiro leilão, a Christie's defendeu a venda afirmando que sua renda seria destinada a ações beneficentes e que faria uma doação a instituições judaicas e à educação sobre o Holocausto.
Porém, isto não impediu uma onda de críticas de várias organizações judaicas, incluindo o Comitê Judaico Americano (AJC) e o Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (Crif).
Segundo o jornal The New York Times, o Yad Vashem, memorial oficial de Israel para as vítimas judaicas do Holocausto, recusou uma doação da casa de leilões e outras organizações fizeram o mesmo, devido a origem da fortuna do marido de Heidi Horten.
Helmut Horten foi proprietário de uma das grandes lojas de departamentos da Alemanha. Em 1936, três anos após a chegada de Adolf Hitler ao poder, Horten assumiu a empresa têxtil Alsberg, depois da fuga de seus proprietários judeus. Mais tarde, tomou o controle de vários negócios que pertenciam a judeus que fugiram da Alemanha nazista.
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