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Milei: Nenhum governo recebeu situação pior que essa que estamos recebendo

Milei disse que a Argentina fará um ajuste fiscal de 5% do PIB que, diferentemente do passado, cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado

 Argentina's new president Javier Milei delivers his inaugural speech before the crowd during an inauguration ceremony at the Congress in Buenos Aires on December 10, 2023. Libertarian economist Javier Milei was sworn in Sunday as Argentina's president, after a resounding election victory fuelled by fury over the country's economic crisis. (Photo by Luis ROBAYO / AFP)
       -  (crédito:  AFP)
Argentina's new president Javier Milei delivers his inaugural speech before the crowd during an inauguration ceremony at the Congress in Buenos Aires on December 10, 2023. Libertarian economist Javier Milei was sworn in Sunday as Argentina's president, after a resounding election victory fuelled by fury over the country's economic crisis. (Photo by Luis ROBAYO / AFP) - (crédito: AFP)
postado em 10/12/2023 21:50

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou em seu discurso de posse que "nenhum governo recebeu uma situação do que estamos recebendo", mencionando que o kirchnerismo no começo dizia ter superávits recordes e hoje deixa déficits de 17% do PIB. "Ao mesmo tempo, desses 17% do PIB, 15% correspondem ao déficit consolidado entre o Tesouro e o Banco Central, portanto não há solução viável sem que ataque déficit fiscal", afirmou.

Milei disse que a Argentina fará um ajuste fiscal de 5% do PIB que, diferentemente do passado, cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado.

O recém-empossado presidente disse ainda que a troca cambial, outra herança do governo, constitui um "pesadelo social e produtivo, porque implica altas taxas de juros, baixo nível de atividade, pouco emprego formal, e salários miseráveis que impulsionam o aumento de pobres indigentes".

Outra herança do governo anterior, segundo Milei, foi uma inflação a níveis de 15.000% ao ano, cujo combate deve ser "prioridade máxima", para "evitar uma catástrofe que levaria a pobreza acima de 90% e a indigência acima de 50%, portanto não há solução alternativa para o ajuste fiscal".

Milei afirmou que "haverá inflação, mas não é algo diferente do que aconteceu nos últimos 12 anos". Segundo ele, o PIB per capta caiu 15% nos últimos 12 anos, em um contexto em que se acumulou 5.000% de inflação na Argentina. "Portanto, há mais de uma década vivemos com essa inflação. Portanto esse é o último momento ruim para começarmos com a reconstrução da Argentina", acrescenta o chefe do Executivo.

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