O Exército israelense deteve, na madrugada deste domingo (14), duas irmãs do número dois do Hamas, Saleh Al Aruri, morto em um bombardeio atribuído a Israel no Líbano, em 2 de janeiro, anunciou uma associação de apoio a presos palestinos.
As duas mulheres foram detidas no "povoado de Arura", nos arredores de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, por terem "incitado o terrorismo contra o Estado de Israel", confirmou a força armada.
Dalal Al Aruri, de 52 anos, e Fatmah Al Aruri, de 47, foram detidas em sua casa, disse o Clube dos Prisioneiros Palestinos.
Seu irmão, Saleh Al Aruri, 57 anos, morreu no início de janeiro em um bombardeio no subúrbio sul de Beirute, capital libanesa. Era o número dois do movimento islamista palestino Hamas e um dos fundadores do braço armado do grupo, que governa Gaza desde 2007.
Segundo o Clube dos Prisioneiros Palestinos, o Exército israelense prendeu quase 5.900 pessoas na Cisjordânia ocupada desde 7 de outubro, dia de deflagração da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
As prisões das irmãs de Aruri acontecem poucas horas antes do esperado discurso do chefe do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, que já declarou que a morte de Al Aruri não ficará "impune" e uma resposta será "inevitável".
A fronteira entre Israel e o Líbano é palco de confrontos diários entre o Exército israelense e os combatentes do Hezbollah, mas a violência se intensificou desde a morte do líder do Hamas.
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