REAÇÕES SOBRE COMPARAÇÃO A HOLOCAUSTO

Lula é persona non grata em Israel, diz ministro israelense

Com seriedade e firmeza, Katz disse que Israel não vai perdoar e nem esquecer a declaração feita por Lula, que comparou a atuação do exército israelense em Gaza com a de Hitler para exterminar judeus

O ministro das Relações Exteriores de Israel (à esquerda) afirmou que Lula (à direita) não é bem-vindo no país até se retratar sobre fala que comparou ação em Gaza com o Holocausto -  (crédito: X-Reprodução e Ricardo Stuckert / PR)
O ministro das Relações Exteriores de Israel (à esquerda) afirmou que Lula (à direita) não é bem-vindo no país até se retratar sobre fala que comparou ação em Gaza com o Holocausto - (crédito: X-Reprodução e Ricardo Stuckert / PR)
postado em 19/02/2024 08:15 / atualizado em 19/02/2024 12:07

O ministro de Assuntos Internacionais de Israel, Israel Katz, comentou a reunião que teve com o embaixador brasileiro no país após a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou a ação do exército israelense em Gaza com as atitudes de Adolf Hitler para exterminar judeus, dita no domingo (18/2). A fala de Katz foi feita após a reunião, na manhã desta segunda-feira (19/2). 

Katz afirmou que Israel não vai perdoar e nem esquecer a declaração e que Lula é “persona non grata em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras”.

“A comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que exterminaram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”, disse o ministro em uma rede social.

Katz também disse que a reunião foi no Museu do Holocausto porque é o lugar “que testemunha mais do que qualquer outra coisa o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus, incluindo membros da minha família”.

“Não perdoaremos e não esqueceremos - em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma persona non grata em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras”, concluiu.

O governo brasileiro ainda não comentou a reunião. 

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