
Autoridades espanholas divulgaram nesta terça-feira (8/7) as conclusões de um relatório preliminar sobre as possíveis causas do acidente que levou à morte do jogador de futebol português Diogo Jota e seu irmão, o também jogador André Silva.
Segundo as autoridades, todos os indícios até agora levam a crer que o atacante do Liverpool estava dirigindo o carro em que eles viajavam, provavelmente em excesso de velocidade, quando ocorreu o acidente em uma rodovia espanhola.
Aos 28 anos, Diogo Jota morreu ao lado do seu irmão de 25 anos na madrugada de quinta-feira (3/7). A suspeita é que um pneu do Lamborghini que os levava teria furado na província de Zamora, no noroeste da Espanha.
A Guarda Civil Espanhola já havia declarado, ao anunciar a notícia, que o veículo aparentemente fazia uma ultrapassagem na rodovia A-52, perto da cidade de Palacios de Sanabria, quando saiu da estrada e pegou fogo.
"Tudo também indica possível velocidade excessiva, acima do limite de velocidade da estrada", segundo o relatório da Guarda Civil Rodoviária de Zamora.
As marcas dos pneus
A polícia espanhola informou ter estudado as marcas deixadas por um dos pneus do Lamborghini e que "todos os testes realizados até o momento indicam que o motorista do veículo acidentado era Diogo Jota".
O relatório da perícia do acidente faz parte da investigação judicial sobre o acidente, que foi dificultada pelo incêndio que destruiu quase completamente o veículo.
O acidente ocorreu 11 dias depois do casamento de Jota com sua parceira de toda a vida, Rute Cardoso, em Portugal. O casal tinha três filhos.
Os dois irmãos se dirigiam ao porto espanhol de Santander, para que Diogo Jota pudesse voltar à Inglaterra, para os treinos de pré-temporada do Liverpool.
O funeral ocorreu no fim de semana, na sua cidade natal de Gondomar, perto da cidade do Porto, em Portugal.
O relatório indica que as marcas de pneus eram visíveis a cerca de 100 metros do ponto de impacto.
Embora se tenha sugerido que o asfalto da estrada era irregular no local do acidente, a polícia declarou à imprensa espanhola que aquele não era um ponto de alto risco e que é possível transitar no local em velocidade acima do limite estabelecido, de 120 km/h.
O jornal espanhol El País noticiou que fontes próximas da investigação afirmam que o veículo derrapou e ficou preso entre duas muretas de proteção. As próprias muretas "partiram em dois" o tanque de gasolina, provocando a explosão, da qual era "impossível sobreviver".
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