Mais de 70 deputados israelenses votaram nesta quarta-feira (23) a favor de um apelo ao governo para anexar a Cisjordânia ocupada, com o objetivo de "retirar da agenda qualquer projeto de Estado palestino". Aprovado com 71 votos contra 13, o texto não tem valor legal, mas busca afirmar "o direito natural, histórico e legal" de Israel sobre esse território palestino.
A votação no Parlamento israelense foi apoiada por membros da coalizão de direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, bem como por alguns deputados da oposição. "A anexação da Cisjordânia fortalecerá o Estado de Israel e sua segurança, e evitará qualquer questionamento sobre o direito fundamental do povo judeu à paz e segurança em sua pátria".
"A soberania em Judeia e Samaria", nome que Israel usa para Cisjordânia, território que ocupa desde 1967, é "parte integrante da realização do sionismo e da visão nacional do povo judeu", afirma o texto.
A Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, qualificou essa votação como "um ataque direto aos direitos do povo palestino", segundo Hussein al Sheikh, número dois da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
"Essas ações unilaterais israelenses constituem uma violação flagrante do direito internacional", acrescentou Sheikh no X. Cerca de 500 mil israelenses vivem em colônias na Cisjordânia, em meio a três milhões de palestinos.
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