Em entrevista coletiva realizada neste domingo (10), em Jerusalém, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que "Israel não tem escolha a não ser terminar o trabalho e completar a derrota do Hamas". A declaração foi feita durante o anúncio de um novo plano militar para a Faixa de Gaza, que, segundo ele, não tem como objetivo a ocupação do território, mas sim sua desmilitarização.
O plano, segundo Netanyahu, envolve cinco etapas principais: desarmar o Hamas, libertar os reféns israelenses ainda sob poder do grupo, desmilitarizar completamente Gaza, manter o controle de segurança sob responsabilidade de Israel e, por fim, estabelecer um governo civil não israelense e pacífico na região.
A declaração vem em meio à crescente pressão interna sobre Netanyahu, após 22 meses de guerra e com 49 reféns ainda mantidos pelo grupo palestino desde o ataque de 7 de outubro de 2023. Familiares das vítimas criticaram duramente o novo plano, considerando-o uma sentença de morte para os sequestrados.
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Apesar das críticas da comunidade internacional, o premiê israelense foi categórico: "Falamos em termos de prazos bastante curtos porque queremos terminar a guerra (...) Vamos ganhar a guerra com ou sem o apoio de outros países", afirmou.
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Em resposta, o Hamas alertou que qualquer nova ofensiva israelense poderá resultar no "sacrifício" dos reféns, elevando ainda mais a tensão na região.
