
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (27/9) que vai enviar tropas federais a Portland, cidade de Oregon, reduto democrata marcado por protestos contra o governo. O republicano declarou que usará "autoridade e força total, se necessário" para enfrentar o que classificou como "terroristas domésticos", e ordenou ao Departamento de Defesa que disponibilize soldados para proteger a cidade.
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Segundo Trump, a medida é necessária para garantir a segurança das instalações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), que tem sido alvo frequente de manifestações e confrontos, e resultaram em ferimentos a agentes federais e prisões de manifestantes. "Porland está devastada pela guerra e sob ataque da Antifa e de outras organizações terroristas domésticas", disse.
O prefeito da cidade, Keith Wilson, reagiu imediatamente. "Como outros prefeitos pelo país, eu não pedi e não preciso de intervenção federal." Wilson disse que sua cidade protegeu a liberdade de expressão enquanto "endereçava a violência ocasional e a destruição de propriedade".
Desde o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, em 10 de setembro, o presidente tem endurecido o discurso contra a chamada "esquerda radical", a quem responsabiliza pelo aumento da violência política. Ele já havia mobilizado tropas da Guarda Nacional e fuzileiros navais para Los Angeles, em junho, e para Washington, em agosto.
No início de setembro, Trump havia descrito viver em Portland como "viver no inferno" e disse que estava considerando enviar tropas federais, como recentemente ameaçou fazer para combater o crime em outras cidades, incluindo Chicago e Baltimore.
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No Tennessee, a Guarda Nacional também deve ser mobilizada em Memphis, conforme anunciou o governador Bill Lee. “Vamos sair e vamos dar uma boa lição naquelas pessoas em Portland”, afirmou Trump, chamando os manifestantes de “agitadores profissionais e anarquistas”.
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