O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta sexta-feira (5) a criação de uma lista de países que, segundo Washington, detiveram injustamente americanos, a fim de aplicar a eles sanções severas.
Em um decreto, Trump afirmou que os Estados Unidos designarão "Estados patrocinadores de detenções injustas", uma distinção semelhante à lista de países catalogados como patrocinadores do terrorismo.
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"Com a ordem executiva assinada hoje, uma linha clara é traçada: os cidadãos americanos não serão usados como moeda de troca", declarou à imprensa o assistente de Trump, Sebastian Gorka, no Salão Oval.
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O governo não mencionou os países incluídos nesta nova lista, mas um funcionário do alto escalão indicou que China, Irã e Afeganistão estariam sob revisão devido à sua "participação persistente na diplomacia de reféns".
Os países designados pelo Departamento de Estado estariam sujeitos a sanções e controles de exportação por parte dos Estados Unidos. Também seria proibida a entrada em solo americano de funcionários envolvidos nas prisões.
Funcionários afirmaram que o Departamento de Estado poderia ainda proibir cidadãos americanos de visitar os países dessa lista, uma medida que atualmente se aplica apenas à Coreia do Norte.
Como princípio de sua política externa, os Estados Unidos têm priorizado a libertação de americanos no exterior. Assim, têm negociado trocas de prisioneiros, inclusive na Rússia.
Trump tem exaltado seu histórico na libertação de americanos. Segundo funcionários, 72 prisioneiros foram libertados no exterior sob sua supervisão.
O Departamento de Estado costuma prestar assistência a americanos detidos no exterior e depois avalia se foram presos por motivos ilícitos, inclusive como moeda de troca política.
Sob a presidência de Joe Biden, a China libertou todos os americanos considerados detidos injustamente, em parte em troca de os Estados Unidos flexibilizarem o aviso de viagens de seus cidadãos para a potência asiática.
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