Gaza

EUA apresentam nova proposta de cessar-fogo para Hamas e Israel

Grupo que controla Gaza afirma ter recebido positivamente uma nova proposta do presidente norte-americano Donald Trump pela libertação dos reféns e o fim do conflito

O Hamas anunciou, neste domingo (7/9), ter recebido uma nova proposta de cessar-fogo da administração dos Estados Unidos. O grupo vêm pedindo por um acordo de libertação dos reféns israelenses em Gaza e o fim da ofensiva de Israel que já matou mais de 50 mil pessoas.

Em um comunicado, o Hamas afirma que “recebe com boas vindas qualquer iniciativa que ajude a parar as agressões contra o povo palestino”. O grupo também declara que está pronto para negociar o cessar-fogo.

“Nós afirmamos nossa prontidão imediata para sentar à mesa de negociação e discutir a libertação de todos os reféns em troca de uma declaração explícita do fim da guerra, a completa remoção das forças israelenses da Faixa de Gaza, e a formação de um comitê palestino independente para administrar Gaza”, diz o informe.

O presidente norte-americano Donald Trump declarou, nas redes sociais, que havia enviado uma nova proposta de cessar-fogo ao grupo palestino. 

“Os israelenses aceitaram meus termos. Agora é hora do Hamas aceitar também”, diz a publicação. “Eu avisei o Hamas sobre as consequências de não aceitar. Este é meu último aviso, não haverá outro", escreveu o presidente.

Ainda não há informações sobre os termos da proposta enviada por Donald Trump.

Ofensiva israelense

A nova proposta pelo fim da guerra ocorre durante a ampliação da ofensiva das forças israelenses. Na última semana, bombardeios aéreos atingiram os maiores prédios da Faixa de Gaza, deixando ainda mais civis desabrigados.

O objetivo da ofensiva, segundo o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu, é a ocupação total do território. “Estamos aprofundando a manobra nos arredores da Cidade de Gaza e dentro da própria cidade. Estamos destruindo a infraestrutura terrorista, estamos demolindo torres de terror identificadas”, declarou Netanyahu aos ministros de Israel.

O Ministério da Saúde de Gaza, que compõe a administração de Gaza, informou mais cedo que 83 palestinos morreram nas últimas 24 horas por ação israelense, sendo 31 deles enquanto aguardavam ajuda humanitária. 

Segundo dados revelados pelo jornal The Guardian, 83% dos mortos pelas forças israelenses - cerca de 42 mil pessoas - até maio deste ano eram civis. 

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