PELO MENOS 151 MORTOS

Treze são detidos por incêndio que deixou 151 mortos em Hong Kong

As detenções ocorreram por suspeita de homicídio culposo, enquanto os investigadores tentam reconstruir o que provocou a rápida propagação das chamas no complexo de arranha-céus

O fogo teve início em Wang Fuk Court, um grande conjunto residencial no distrito de Tai Po, em Hong Kong, às 14h51 de quarta-feira (26/11) no horário local -  (crédito: BBC)
O fogo teve início em Wang Fuk Court, um grande conjunto residencial no distrito de Tai Po, em Hong Kong, às 14h51 de quarta-feira (26/11) no horário local - (crédito: BBC)

A polícia de Hong Kong informou nesta segunda-feira (1º/12) que 13 pessoas foram detidas até o momento devido ao grande incêndio em um complexo residencial na semana passada, que deixou pelo menos 151 mortos. 

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As detenções ocorreram por suspeita de homicídio culposo, enquanto os investigadores tentam reconstruir o que provocou a rápida propagação das chamas no complexo de arranha-céus. As autoridades analisam fatores como o uso de painéis de espuma de poliestireno e andaimes de bambu nas obras de renovação dos edifícios.

Também indicaram nesta segunda-feira que parte das redes de proteção utilizadas nas obras de reforma do complexo residencial não seguia as normas de proteção contra incêndios. A polícia coletou amostras de 20 pontos diferentes e as de sete destes "não cumpriam os padrões de proteção contra incêndios", explicou um funcionário de alto escalão do governo de Hong Kong, Eric Chan.

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O comandante da polícia Tsang Shuk-yin declarou que o número de mortes confirmadas aumentou, passando a 151, às 16h00 locais (5h em Brasília). O balanço anterior, de domingo, era de 146 mortos. "Não podemos descartar que o número continue aumentando", adicionou o comandante.

Treze detidos 

O incêndio que devastou as torres Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, é o mais mortal em um edifício residencial desde 1980. 

A polícia concluiu as buscas em cinco dos oito blocos do complexo. E Tsang afirmou que "alguns restos já foram reduzidos a cinzas", considerando que talvez não seja possível recuperar algumas das pessoas desaparecidas. A polícia encontrou os restos mortais dentro de apartamentos, nos corredores e nas escadas, e continuará inspecionando os edifícios, acrescentou. 

Chan Tung, chefe de segurança da polícia de Hong Kong, disse à imprensa que seus agentes "abriram imediatamente uma investigação aprofundada por homicídio culposo", o que levou à detenção de 13 pessoas. Incluindo 12 homens e uma mulher, com idades entre 40 e 77 anos. 

A imprensa local indicou que a polícia prendeu separadamente três pessoas por sedição, entre elas o estudante de 24 anos Miles Kwan, que havia distribuído panfletos exigindo responsabilidades do governo pelo incêndio. 

Segundo o chefe de segurança de Hong Kong, Chris Tang, foram feitos "comentários imprecisos na internet" com o único propósito de "ameaçar a segurança nacional", ao ser questionado sobre as detenções por sedição.

"Devemos tomar medidas adequadas (...). Não se podem revelar os detalhes da operação, pois afetam a segurança nacional", acrescentou. Kwan foi visto saindo de uma delegacia na tarde desta segunda-feira, sem fazer comentários sobre seu caso. 

A cidade tem testemunhado uma grande demonstração de luto nos últimos dias. Milhares de pessoas depositaram flores e prestaram homenagens durante um período de luto de três dias, e algumas das notas deixadas no local pedem que se assumam responsabilidades.

 

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Por AFP
postado em 01/12/2025 13:29
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